sábado, 5 de novembro de 2011

Olho aberto


Jogo de cintura. Fundamental para se sobressair em qualquer emprego. Dia após dia situações testam nossa experiência, nosso talento e caráter. É quando algo grita dentro de nós ou fica simplesmente sussurando em nosso ouvido. O que ele diz? Depende dos elementos que citei acima.

Em se tratando de jornalismo, nós devemos aprender a dar ouvido aos avisos que nossa consciência manda. Pode até nem ser a tal consciência, mas dê a atenção devida. Ontem, sexta-feira, dia onde a maioria dos jornais confeccionam duas edições - a de sábado e de domingo - o tempo pode não permitir que apuremos informações, a pressa pode nos induzir ao erro, entretanto, não devemos baixar a guarda. Um material chegou em minhas mãos e desconfiei de sua autenticidade, era uma informação muito bem recomendada que não poderia tangiversar ou ignorar, tinha que ser publicado de todo modo. Foi então que lembrei-me de meus tempos de assessoria de imprensa. Baixou em mim uma entidade de assessor e questionei tal informação. Começei então o processo de apuração. Última matéria, para ser liberado, imagine a tensão!!!

Entre uma ligação e outra, informava meu editor-geral sobre a situação da matéria. Ele queria derrubar, mas tive que argumentar, explicar e fazer entender o lado do interessado na matéria - que era bem além dos leitores do jornal. Após partes devidamente esclarecidas e informadas, acordadas e satisfeitas, a matéria foi publicada.

Desconfiei da informação. Até relutei, mas foi mais forte que eu, e se o material saisse do modo que foi recebido, prejudicaria tanto o interessado, como o jornal. Portanto, dê ouvido sempre aquela vozinha que diz o que fazer e o que não fazer. Ponha na balança, avalie, mas nem por isso deixe de ser ousado ou de se arriscar. Só a experiência vai te dar esse limite tão almejado.

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