domingo, 6 de novembro de 2011

Sonho louco


Eu tava louco para contar a história que vou escrever hoje. Acordei neste domingo transtornado e ansioso para escrever. Na verdade, o episódio ocorreu durante esta madrugada de sábado para domingo e o palco foi minha cabeçinha fértil e complicada. Foi um sonho. Não, não, não, sonho mesmo, sabe quando a gente dorme, estágio ram do sono, sonha, pois então, foi isso.

Foi daqueles sonhos fantásticos, inusitados, surpreendentes, loucos, e o pior (?), altamente nítido. Vamos lá então. Estava eu se não me engano no século XVII, digo por causa das vestimentas, que meus colegas de sonho estavam usando. Era um palacete que estava fixado na minha cidadezinha - Satuba, região Metropolitana de Maceió (Cômico, né). Eu tinha a sensação que era lá, e o mais doido era que estava aguardando o embaixador francês, vê se pode um negócio desse, hilário é que pela demora eu fui embora. O fascinante era o cenário ilustrado, internamente o palacete era todo trabalhado em vermelho, com detalhes em dourado nas bordas, e vitrais transparentes. Os lustres enormes e pomposos marcavam a ornamentação real.

Bem, mas o legal dos sonhos são as viradas de temas, lugares, roupas, enfim. Como por um passe mágico, já estava na Praça dos Martírios, na capital,mas o ar era bucólico e ainda, daquelas festas de padroeira de interior, com direito a parque de diversão, barracas e amigos em volta, mas bem ao estilo dos anos 1970. Enquanto andava, vestido de um casaco de couro bege e um camisa branca por dentro cumprimentei Árabes [José Árabes, jornalista e editor de Política de O Jornal] e algumas pessoas que estavam ao seu lado. Em meio a fogos, luzes, barulho de crianças, brincandeiras e jogos, ouço e percebo uma movimentação por trás de mim. Pessoas correndo em desespero até que um policial dá voz de prisão a mim. Não compreendo e viro com ar de surpresa, seus colegas policias se aproximam mais, cerca de cinco metros a minha frente, e abrem fogo. Eu deito no chão, mas sinto que os tiros não eram endereçados a mim. Era bala zunindo por todo canto, peguei minha carteira e tentava gritar para apresentá-la e ao mesmo tempo rezava, e muito, rezava com fé, com os olhos fechados rezava. Imagem o desespero!!!

Ao final do tiroteio, via muito sangue no chão, ao me levantar da calçada, toquei meu corpo todo em busca de ferimentos, mutilações e afins. Nada! Ufa. Quanta angústia, putzzz. Agora vem o engraçado, um cara, de bigodão ala mexicano e óculos aviador, me pegou pelo casaco e me levou a um lugar que parecia a estação ferroviária de Maceió. Mas lá - pelo que entendi - era um tipo de central de polícia, entretanto com um ambiente de museu como a estação é hoje, bem iluminado, ladrilhos brancos, destacados e belíssimos. Não para ser apresentado como vilão, foi a minha surpresa, era para ser exposto como herói. Gente, até agora lembro dos flashes. Era algo muito real, presente. Esse delegado me abraçava tanto, tirava diversas fotos, sorrisos largos, tapinhas nas costas, mas não compreendia, porém gostava.

Louco, muito louco. Mas como frisei bem lá em cima...foi um sonho, doido, mas um sonho.

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