quarta-feira, 9 de novembro de 2011

"Você nunca mais vai ler jornal como antes...."


Como em todo segmento mercantilista, o diferencial rende grana. A comunicação funciona do mesmo jeitinho. E diariamente, o setor comercial de sites, jornais, emissoras de Tv e de rádio quebram a cabeça pensando em como faturar mais, porém o foco jornalístico não é esse. A jogada é deixar o jornalismo mais atraente, mais sedutor. Nem toco agora na questão do texto literário, no 'shownalismo', não, destaco o trabalho de nossos colegas gráficos, diagramadores que dão uma sobrevida ao bom e velho folhear de páginas.

Alagoas está vivendo um novo boom na diagramação de seus três jornais diários. Isso acontece de dez em dez anos, dando um alívio no coração de alguns especialistas em estética de páginas, em outros cause um infarte, gargalhadas ou ideias bem boladas, mal usadas.

O Jornal saiu na frente e mudou seu lay out. Material limpo, valorizando o branco, pouco tempo, mais imagens, bem legal, mas como jornalista - leigo em diagramação - a ideia foi ótima, mas ainda vão demorar um pouco a utilizar melhor os espaços e fontes. A Gazeta de Alagoas promete inovar e em novo formato, diminuir espaços. A Tribuna Independente também está preparando novo material gráfico para não parar no tempo.

Todo fim de semana, para não dizer todo dia, eu vou bisbilhotar a diagramação dos jornais pelo país a fora. Lógico, suas versões em flip ou pdf. Virei fã incondicional do jornal O Povo, do Ceará. Eles brincam com as páginas. Leitura limpa, imagens, fotos nítidas, bem embasadas, ícones, traços, réguas bem trassejadas, cores vivas demarcandos editorias e assuntos. Eles acrescentam sempre gráficos, infográficos, elementos, enfim. Adoro a leitura e o visual. Recomendo obviamente.

Aliado a uma lata legal, os grupos de comunicação aliam a isso produtos que vão agregar ao seu comercial, geralmente são sites jornalísticos, rádios, empresas de assessorias, o que for. Tudo que encher ainda mais o cofre do patrão e dê mais trabalho pro peões. A tendência é criar o formato híbrido de jornal no site. Você pagar para ter acesso a uma informação de qualidade e exclusiva.

Veja trecho extraído do Observatório da Imprensa: o balão de ensaio do chamado paywall “híbrido” veio no primeiro semestre, quando o New York Times fechou o site e, surpresa geral, obteve resultados positivos nos primeiros meses da experiência. Para conquistar 40 mil novos assinantes digitais, o NYT adotou a seguinte estratégia: manteve o acesso aos 800 mil assinantes da versão impressa e ofereceu como diferencial 20 textos exclusivos mensais. Hoje são 324 mil leitores da versão online, número que contribuiu para que o faturamento do terceiro trimestre do NYT alcançasse US$ 15,7 milhões, contra prejuízo de US$ 4,3 milhões no mesmo período de 2010.

No Brasil, a experiência cheira a demissão veja outro trecho: nos primeiros dez meses do ano, houve registro de várias demissões em boa parte dos grandes veículos da mídia impressa, em especial no Grupo Estado, responsável pelos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde. A principal exceção foi o Valor Econômico, que reforçou a sua equipe online quando do lançamento de seu novo portal. Além do conteúdo disponibilizado na versão impressa, a plataforma digital conta com recursos multimídia, gráficos, tabelas e material exclusivo. Para a jornalista Adriane Castilho, trata-se de um “modelo sensato”. “O leitor está sujeito a uma chuva de informação e acredito que tende a valorizar o conteúdo diferenciado, especialmente se vem acompanhado de reflexão e opinião. Penso ainda que parte dos leitores deseja uma espécie de 'curadoria' que ajude a percorrer esse universo de informação selecionando o que parece ser mais relevante.”

Preparem-se....já vivemos tudo isso e nem percebemos.

Um comentário:

  1. Olá, passei aqui e vinculei uma foto sua ao meu blog. Coloquei a fonte. Porém se tiver problema me avise que retiro. Abraços, Marilia

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