terça-feira, 23 de junho de 2009

Tope o som e divirta-se


Esse mundo da música é meio louco mesmo, né. Não se explica certos fenômenos. Existe muita coisa ruim tocando nas rádios, barzinhos, web, e demais difusores. Mas o que diz se a música é boa ou não? É a letra, a melodia, o swing, se ela tira você do lugar, se ela mexe com seu coração, o que determina a qualidade musical? Juro que não sei, pois os rótulos estão por aí e são usados aleatoriamente sem métrica alguma.

Por exemplo, a banda baiana Timbalada tornou pública a canção "Ninar você", que muitos “intelectuais” musicais torciam o nariz ao ouvir. Quando Caetano Veloso cantou a mesma música anos depois...putz! Era um deleite. Ninguém nada falava!! É apenas um exemplo bôbo.

Tá certo que existe música pra tudo e pra toda hora. Você não vai escutar um Plácido Domingo em uma festa de 15 anos. Portanto, vamos ouvir e curtir o que quiser, na hora certa. Eu nunca tive problema quanto a isso. Gosto de forró, MPB, funk, pop rock, românticas, sertanejo, passo por todos os estilos bem. Sei entrar e sair em cada lugar que tocar esses ritmos.

Não me envergonho e defendo até. Aí o camarada do outro lado pode citar as músicas de duplo sentido erótico. São umas lástimas eu reconheço. Mas por outro lado, existe pérolas na MPB, e na música mundial que se equivalem. Todo estilo, toda banda, existe uma produção proveitosa, seja de que ponto de vista for.

A exemplo do Forró, que atualmente eletrônico é tão massacrado. É um dos segmentos que mais fatura no país. De cara feia mais da metade do Brasil se entorta no tocar de uma sanfona. É quem nunca sentiu o gosto doce de uma mulher apertando seu corpo junto ao dela bailando ao som de uma boa canção forrozeira.

Sim sim, existem forrózinhos com uma letra pra se ouvir. Procure que se acha, porém sou adepto do tempo aéreo do forró. Onde as letras da compositora cearense Rita de Cássia eram predominantes nas grandes bandas do gênero. Onde não apenas o amor, desilusões, sertão, vaquejada e demais títulos sertanejos tomavam conta das ondas radiofônicas de Norte a Sul.

Cresci ouvindo o som gostoso da sanfona e da zabumba espalhando alegria por aí. Ia de canto a canto nesse estado em busca de um bom arrasta-pé. Quanta saudade. Mas hoje são outros tempos. O sentimentalismo no pé-de-serra deu lugar ao forró reggae, ao estilo do Raí, do Saia Rodada. Mas atualmente quem toma conta do espetáculo é o casal Xandy e Solange, leia-se Aviões do Forró.

A banda mistura melodias do sertanejo sulista com o nosso ritmo. Eles arrastam multidões pelo Sertão a fora. Mal gosto? Não creio. Divirto-me ouvindo esse tipo de música. E se vierem me dizer que isso é mal gosto, que seja. Prefiro morrer no mal gosto a morrer de tédio e impáfia. Vez por outra é bom meter o pé na jaca.

É necessário acabar com a discriminação. Até na música os rótulos devem cair. Muita gente aí fez muita coisa deplorável, mas também tem seus ouros. Abram os ouvidos, aumentem o som, e dançem, dançem como se ninguém estivesse vendo. Assim é viver, é curtir. E viva a diversidade musical...o que seria de nós sem ela???

Um comentário:

  1. Blog do Maikel Marques:

    http://www.maikelmarques.com/post.php?id=1175

    Perguntas e respostas sobre o diploma. Fonte: Observatório da Imprensa.

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