sexta-feira, 6 de abril de 2012

Dez anos depois




Foi num feriado como esse, de Páscoa. Uma Semana Santa que ficou guardada nos corações de quem esteve na Universidade Estadual da Bahia, em na Páscoa de 2002. Neste momento, na Sexta-feira Santa, estávamos enchendo a cara dentro da Universidade ao som de uma banda de Rock local. Naquele ano, os cursos de Comunicação da Ufal e do antigo Cefet foram à Salvador para o Encontro Regional de Comunicação (Erecom). O evento lá propunha a Autogestão como solução para os problemas sociais. Utópica ideia de que cada um fazendo sua parte, a harmonia reina na parada. Bobagem! Alguém sempre vai vacilar e romper esse elo. E assim aconteceu...

Cada delegação era responsável por uma tarefa do Encontro. Uma galera tomava conta das atividades, outra era responsável pela comida, uma terceira pelas palestras, limpeza, e por aí! A massa tava querendo mesmo era farrear na cidade, azarar, paquerar e beijar na boca. E assim foi feito.

A delegação alagoana nem se conhecia muito. Alunos do Cefet e Ufal se misturaram e deu uma boa fórmula. Amizade persiste até hoje. Dez anos depois vemos as consequências dos corações partidos, dos relacionamentos firmados - outros nem tanto - das intrigas, das histórias, enfim, o elo fraterno jamais se desvencilhou desde então, porém se enfraqueceu.

Quem viveu a Ufal naquele início dos anos 2000 pode avaliar o tal Erecom de Salvador como divisor de águas. Amizades fidigais surgiram, arqui-inimigas se tornaram ainda mais rivais, paixonites e amores brotaram e o Cos ganhou em dramaticidade. Mas aos poucos tudo aquilo foi se fragmentando, tornando-se pequeno, esquecível para uns até. O gigantismo da vida, do cotidiano, dos compromissos que surgiram no pós-Ufal construiu uma muralha da China entre os inseparáveis amigos.

Seja por trabalho, família, amigos novos, nos esquecemos daquilo que nos unia: o amor, o companheirismo. Eles se foram. Existem ainda, mas estão adormecidos. Basta aquela velha turma se reunir, se olhar, se abraçar que todos aqueles sentimentos embutidos dentro de nós saírem novamente. É só um empurrãozinho.

FARRAS

Bem, uma década já se passou daqueles dias que marcaram época para aqueles jovens alagoanos na capital baiana. No primeiro dia, fizemos duelo de cantorias com o a delegação cearense. Meninos esses, que pensavam que em Alagoas só tinha bocó, pois viviam flertando com nossas garotas. Perderam! Todos embriagados cantavam..."Maceió, minha sereia, Maceió....Minha jangada partindo pra o mar, pra pescar...Maceió...." Isso por altas horas.

Depois foi a vez do Pelô, da Bahia de Todos os Santos, Mercado Modelo, Itapuã. Tinha discussão até para ir pra balada. Um povo queria a curtição do Rio Vermelho, outros estavam loucos para bailar ao som da Mambolada - você se lembra? Creio que não. Não podíamos partir o busão em dois, fizemos votação então. Como também não teve sucesso, dividimos horários . Apesar de desencontros foi tudo legal.

Na boate...bem, na boate, só para vocês terem noção, tinha menina vomitando no lixeiro do banheiro, pensou até que era piscina e caiu dentro. Eram outras caindo de bêbadas, dançando como se aquele fosse o último dia de suas vidas. Últimos beijos derradeiros de uns, e os olhares iniciais de outros...

E que assim seja sempre. Foi bom, foi inesquecível, mas já foi. Dez anos do Erê de 2002, em Salvador. Eu posso dizer...eu fui!


3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!
    Será que eu fui pro mesmo? Não me lembro de metade destas coisas! Nem lembrava que o Erecom Salvador tinha sido numa Semana Santa...
    Cada vez que faço uma caminhada por aqui, me arrependo de ter demorado tanto a voltar.
    Boa Páscoa!

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  2. Escrevi um comentário tão legal... Sumiu! Acho que não enviei direito. Se não aparecer tento refazer. Boa Páscoa.

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  3. Esse foi em 2002, Adriana, vc deve ter ido, por que foi bom demais...o melhor que eu fui

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