sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Já estava há um tempo querendo escrever um texto sobre o saudoso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e pra mim o Rei do Forró. Em minha casa ouvia de um tudo, mas meu pai sempre preferiu um bom e velho forró, ao estilo tradicional como do Trio Nordestino e por tabela logicamente, o Gonzagão sempre era lembrado.

Não apenas por contar o clamor do sertanejo devido aos males da seca, o velho Luiz Gonzaga fez um legado musical sem igual que encanta seus fãs até hoje pela beleza de suas canções. Ele extrapolou as barreiras da música regional e implantou de fato o forró no ouvido do brasileiro.
Particularmente, a melhor canção dele é “Que nem jiló”. Tudo bem que fala sobre um amor perdido, aquele sabor amargo que fica na boca e no coração quando perdemos um alguém. Mas num é isso mesmo! Acontece. Entretanto, vez por outra se lembra de um amor distante, algo do passado, mas sem a melancolia saudosista. Aquela coisa de saber que foi bom, durou, e terminou.
O sofrer que embala a canção pode até ser encarado como metafórico. Até por que, como diz o Rei do Baião, o remédio para a saudade dele é cantar. Dançei bastante essa música e ainda me pego cantarolando ela. O embalo é gostoso e contagiante. O som do triângulo e a afinação da sanfona dão o tom característico e tão gostoso. Muito bom mesmo.
Aí quando escuto ou me pego cantando essa ou qualquer outra canção gonzaguiana, eu me transporto para o Sertão. Lembro da beleza que é o luar no Sertão. As estrelas ainda maiores reluzentes. O silêncio é quebrado pelo canto dos pássaros noturnos do Semi-árido. Uma rede na varanda e o sossego por companhia. É meu cenário. Dá-lhe gonzagão. Nos faz viajar com sua música, e que assim prossiga.

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