Outro dia chegando em minha casa, bem de ladinho de minha residência, vi um colega meu chamado - Gaguinho - acompanhado de uma adolescente até que bem engraçadinha, porém o jovem colega, de 17 anos creio eu, parecia preocupado e ansioso, ele falava bastante e ela não aparentava muito interessada no papo do garoto.
Foi então que uma caminhonete encostou bem próximo do casal e resgatou a jovem. Gaguinho ficou inconsolável e eu ao voltar para meu carro, após abrir todos os portões de minha casa, ele chega pedindo para conversar.
Não podia deixar o prodígio colega daquele jeito, na fossa. “O que aconteceu, rapaz?”, perguntei. Foi a deixa para Gaguinho despejar sua frustração e revolta com o sexo oposto. Ele não admitia perder sua garota para um garanhão montado num carrão.
Pedi para ele esquecer, e partir pra outra. Seguir, pois ele estava no início de uma longa fila. “Eu apostei, liguei, fiz de tudo, e agora não tenho nada”, lamentou o mancebo. Quantas e quantas vezes num já ouvi isso, eu mesmo já falei diversas vezes essa mesma lamúria.
Conselhos nessa hora parecem que se tornam poeira. Nós nem sentimos. São palavras desconexas, sem sentido. Sabedor dessa tradição de todos os corações magoados, pedi pra meu jovem amigo se recolher e contar dia após dia, pois só o tempo pode curar tamanha dor.
Muitos acreditam que outro relacionamento ajuda a esquecer. Não acredito. Ele até pode ajudar a distrair, mas resolver, não resolve. Apenas o tempo. Mas o pesar dele me chamou a atenção, fez-me lembrar de meus tempos de adolescente apaixonado e decepcionado com a dura de um fora. Putz, como era difícil.
A maturidade chega e a experiência nos ensina a engatinhar. Disse então pra ele se ela valesse a pena mesmo, ela teria ficado com ele. Ora pois, paciência, essa é uma virtude de poucos e para poucos.
Depois de muitas batidinhas nas costas e palavras de incentivo, Gaguinho seguiu para casa. Se ela voltou ou não, num sei. Sorte pra ele...
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
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