Diariamente leio diversas matérias jornalísticas, seja em sites, jornais, blogs e demais disseminadores da notícia escrita espalhados por aí. E a cada texto que acompanho me preocupo cada dia mais com o futuro da informação. Ou melhor, como a notícia está sendo transmitida.
Reconhecemos que nossa língua pátria é praticamente um código secreto. A última flor do lácio é para muitos apenas um detalhe quando se pretende escrever. Tratando desse modo o português, nenhuma mensagem será entendida como se realmente espera.
Nós jornalistas devemos nos preocupar com isso sim. Pois se trata da nossa ferramenta de trabalho. Muitos se perdem em reportagens sem fim, e sem objetividade. Não há nexo, não há sentido nas orações. E olhe quando existe uma pontuação que se entenda algo. Alguns profissionais, que se autodenominam jornalistas, não sabem se quer usar crase, que sá, entender concordância verbo-nominal.
Para outro segmento da categoria, a reforma ortográfica da língua portuguesa foi um alívio pois não sabia realmente pontuar. Mas os pecados ainda acontecem e são mais recorrentes que o leitor imagina.
Todos os dias, na redação da Imprensa Oficial do Estado, a Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas, como conhecem os canetinhas alagoanos, em média são 30, 40 textos, ou pelo menos resquícios de textos. Pois alguns são tão deprimentes que a própria língua desconhece algum adjetivo para denominar.
Os editores da Secom quebram a cabeça para dar algum sentido as informações que eles pretendem passar. Um detalhe que vale ressaltar é que os textos ruins não são exclusividade dos focas, não mesmo, jornalistas talhados na profissão também escorregam e dão seus vacilos diários.
Sabemos muito bem que a academia não faz o profissional, é o próprio aluno que se molda. Claro, as condições não são ideais, mas o acadêmico é que deve ir em busca de um melhor aprendizado. Ir à biblioteca, conversas com professores e com os profissionais, seminários, fóruns, e demais arenas de discussão são fundamentais para formar um bom jornalista.
Caros leitores, é a informação que vamos ler em alguns anos que está em risco.Como vamos entender? Imagem só....o ano é 2015, centenas de faculdades borbulhando pelas cidades, os jornais, sites e emissoras de rádio e televisão abarrotadas de profissionais, o desemprego jornalístico chega a índices alarmantes. Mas o que se vê são textos pobres, informações desconexas, tudo por que os salários ficaram irrisórios, e os colegas que se submetem aos seus patrões viram lacaios subvalorizados.
É uma visão ufanisticamente deprimente de futuro, pois nem sempre os melhores ocupam os cargos mais privilegiados. O mundo é cão. Mas voltando para os nossos textinhos, nossos amigos jornalistas não sabem o poder que tem uma segunda leitura. Tanto os focas, quanto os mais experientes necessitam desse exercício.
Ler novamente sua obra é fundamental. No meio da construção do texto desviamos o pensamento, é natural, mas retornar e finalizar é mais que fundamental. Observar a colocação de uma vírgula, ver seus próprios vícios. Pôr um termo que mais se adequa. Pedir para outra pessoa ler é igualmente viável. Pontuação, concordância, ortografia, isso, ortografia...pasmem, alguns colegas de caneta na mão não sabem utilizar. São profissionais e profissionais, assim caminha a humanidade. Os profissionais devem ter o respeito e o carinho para as pessoas para qual escrevemos. É por causa deles que temos emprego. Pensem nisso!!!!
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