terça-feira, 16 de junho de 2009

Histórias de festas juninas


Num certo dia de junho de um ano qualquer de minha adolescência estava louco para ir à São Miguel dos Campos. Lá a noite seria daquelas para entrar na história. Todo mundo tava indo pra lá, porém eram tempos difíceis. Eu não tinha carro, dependia dos outros, e nem tinha carteira de motorista. ÓÓÓ meu pai que tempo tenebroso de minha vida...complicado.

Mas de todo modo nunca deixei de ir as festas por causa desse entrave. Como todo inverno alagoano, era uma noite chuvosa, úmida e fria. A banda que estava animando os festejos juninos em São Miguel não me lembro, mas tenho certeza que era muito boa. Maaaassssssss, também tinha outro motivo para ir ao forró.

Tinha que ter mulher no meio, é óbvio. Mas isso é história do passado. A história que conto é sobre a ida a festa. Que noite. Lá pras 22h estava esperando um colega meu sair da casa da namorada. Ele tinha um fusquinha 86 amarelado (a cor já estava gasta) que nos levava para todo lugar. Bem....se ele nos deixava na mão algumas vezes, isso não conta! Nesta bendita noite onde as meninas estavam nos esperando, tínhamos que arranjar um jeito de ir pra lá.

A chuva começou a cair e pesada. O fusca estava caolho, pois um dos faróis queimou. O vidro do passageiro não podia fechar, pois alguém tinha que tentar enchergar a estrada lá fora. A visibilidade era quase zero. Eu tinha que pegar uma flanela para passar no vidro, já que o pára-brisa embaçava que era uma beleza. Os freios já gastos só pegavam depois da terceira pisada no pedal. Era o perigo ambulante. Ah, ainda tinha mais, a roda estava travando quando esquentava demais..."por sorte" estava chovendo...rsrsrs.

Os pingos d'água cada vez mais fortes não deixavam agente ver nem um palmo em nossa frente e apenas com um feixe de luz pegamos a estrada a quase 40km/h. Muitas risadas, coração na mão, olhos bem, bem, muito bem abertos chegamos ao nosso destino e curtimos a noite inteira o arrasta pé.

Como voltamos? Esperamos o sol raiar! E mais uma história pra contar pros netos. Só não façam isso de novo garotos...

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