O ser humano teima em tentar entender a vontade divina. Nessa aventura, o homem trilha caminhos que na verdade ele nem deveria se preocupar, até por que é o caminho de Deus mesmo, e ele não o deve temer. Foi assim que Ele colocou uma pessoa em meu caminho.
Sem esperar, em um momento tão inusitado o criador do Universo me presenteou com uma pessoa mais do que especial. A língua portuguesa ainda não inventou um superlativo para definir tamanha surpresa. Ela apareceu quando eu menos esperava, já estava solteiro a um tempo, mas de um todo ela já me conhecia, sabia meus passos e os acontecimentos dos meses que antecederam esse reencontro.
Nos encontramos pela primeira vez em 2002, em um encontro de jornalistas, em Ipioca, Maceió. Não, não foi amor a primeira vista. E muito menos foi um conto de fadas. Fiquei paquerando ela sim, mas nada sério. Ela nunca que iria perceber alguém como eu.
Os anos nos separaram, e como o mundo dá voltas (ainda bem), um capricho celeste nos colocou em contato através desses bate-papos instantâneos. Pensando agora, não lembro bem como foi essa aproximação. Mas foi gradual, lenta e fomos nos conhecendo.
Em momentos turbulentos ela se mostrou uma confidente. Sabia de algumas coisas sim, um flerte seria um ultraje pra mim. Tinha receio de sua reação. Mas aconteceu, meio que sem querer querendo. Até que um dia fiquei olhando pra ela, e senti algo diferente. Um bem-querer, uma vontade de estar junto, porém algo me impedia. O pudor fraterno da amizade me segurava.
Mas foi a minha ida para trabalhar em Brasília que ajudou e despertou ainda mais essa vontade. Nos dias que anteciparam a viagem, ela se traduzia no único motivo de não ir à capital federal. Relutei, confesso que tentei não me apaixonar. Lutei. Não podia às vésperas de uma viagem tão importante me enlaçar com alguém. Foi inevitável e em vão.
Quando percebi já estava inebriado de sentimento. Não escondi. O receio de demonstrar para ela persistiu por algum tempo ainda. Até por que ela sempre se mostrou altiva, séria, um tanto "na dela" até demais. Meus traumas me alertavam, mas não surtia efeito. Os nossos encontros diários já traduziam esse sentimento lindo e grandioso surgindo.
Por isso que digo que Deus meteu o dedo nessa história. Brasília não deu certo. Estava lá em corpo, mas a parte mais importante de meu corpo estava aqui. Era ela que queria ao meu lado. As noites frias e solitárias no Cerrado ajudaram muito a aumentar esse sentimento. Ele cresceu.
E como se não bastasse, essa pessoa tinha que nascer no dia dos namorados. Dia 12 de junho ela aniversaria mais um ano de vida aqui entre nós, e o melhor, o primeiro ao meu lado. É nesse dia onde os enamorados trocam carinhos, afagos e juras de amor que deixo claro o meu sentimento por ela.
O bem-querer, o gostar, o amar, poetas tentam descrever esse fenômeno que acomete o homem. Palavras, versos e sonetos esboçam o que acontec conosco. Em vão. Nem mil vocábulos podem traduzir. Até por que traduzir o que é divido não é nossa atribuição. Devemos sentir e aproveitar. Nossa passagem por aqui é tão breve, e quando nos vemos flexados pelo cupido devemos deixar fluir.
Deus é pai mesmo, e Ele é a paz que precisamos, mas para auxiliá-lo Ele manda pra nosso caminho uma pessoa como essa. Ela nos corrige, nos acerta, nos fascina e nos seduz de um modo tão singelo que não desejamos mais algo na vida.
E não quero. Quero essa pessoa ao meu lado. E que Deus me permita permanecer com ela por toda a eternidade dela. Assim seja. Obrigado meu pai por me permitir desfrutar da presença dela comigo. Ah, o nome dela? Ela se chama Heverlane Carlos, simples assim.
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