terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Saiba antes de falar...

Pecar por desconhecimento é até compreensível, mas pecar por má fé é ridículo. A data estabelecida para os bilhões de reais em investimentos de infraestrutura começarem a ser aplicados pelo país a fora para não atrasar as obras da Copa do Mundo de 2014 é esta quarta-feira, 10. Essa foi a previsão estabelecida pela FIFA à CBF e ao governo brasileiro. Entretanto, nenhum mísero centavo foi gasto para levantar ao menos uma parede.

Não critico por que sei que o dinheiro não cai do céu, muito não se dá em árvore. Existe todo um trâmite burocrático, licitatório, licenciamentos ambientais e demais, para ser respeitado. Até mesmo os empréstimos junto ao Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) – instituição financiadora dos recursos das obras de infraestrutura como construção de estradas, ferrovias, estádios, hotéis e demais ferramentas fundamentais para a instituição de uma Copa do Mundo - está sendo ainda em fase inicial.

O que incomoda ainda mais são os ‘leigos’ colunistas ou colegas da imprensa alagoana que alardam por aí os motivos pelo qual Alagoas não entrou no roteiro das cidades-sedes do Mundial de 2014.

Para se ter uma ideia, a empresa responsável para apresentar o projeto à CBF cobrou a módica bagatela de mais ou menos R$ 200 mil para apenas expôr as intenções alagoanas. Claro, sem garantia alguma de vencer a disputa junto a outros centros futebolísticos ainda mais bem estruturados e poderosos financeiramente.

Vamos cair na real. Alagoas não tem dinheiro em caixa para jogar pela janela, já que era, naquele momento, uma concorrência incerta. O Estado deve em primeiro lugar resolver seus problemas comuns, como a miséria, o desemprego, a violência.

Tudo bem que todo o país sofre com esses fantasmas. Porém, na Terra dos Marechais eles são ainda mais assustadores. Também levo em consideração que caso Alagoas tivesse concorrido e ganho a peleja, a quantidade de investimentos seria descomunal, mas como lembrei, nada era certo. E Alagoas não se pode dar a esse luxo de jogar o dinheiro público assim a esmo e sem segurança alguma.

Enfim, ficamos então na torcida pelo Brasil mesmo de um pouco longe. Uma pena, mas é a realidade.

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