quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Você esperaria o amor?
É quando estou deitado na minha cama que os pensamentos vem e vão. Minhas reflexões do dia pipocam em minha cachola. Então vou assistir meus filminhos para relaxar. Esta noite assisti "O Amor nos tempos do cólera", de Mike Newell, inspirado no romance de Gabriel Garcia Marquez.
O filme é uma típica e melosa história de amor. Bem aos moldes dos arrebatadores enredos românticos de outrora. Tem personagem que conta sua própria história, moço romântico, donzela apaixonada, pai bravo, e moças loucas para casar. Sem contar o enlace, como sempre, impossível. Os caminhos dos personagens de Javier Bardem (excelente atuação, como sempre) e Giovanna Mezzogiorno não se cruzam, porém o amor do jovem mancebo é inquieto e poético.
Cartas e cartas, bem ao estilo ingênuo e bucólico, ambos declaram amor eterno e blá, blá, blá...
O texto de Marquez é primoroso. Aaaaahhhh, como eu invejo os poetas. O fino trato com as palavras, o manejo com a emoção, a exposição dos sentimentos mais profundos, a angústia, a dor, a melancolia. Eita povo que curte sofrer...
Posso estar equivocado, mas descobri em Gabriel Garcia Marquez um 'quê' de Eça de Queiroz. Pelo menos nessa obra, o amor, ou pelo menos, a existência dele é reconhecida pela negação, pelo fora, pela dor, sacrifício. A dura pureza do amor no século XIX.
Mas nem tudo é tão doce. O personagem de Bardem, antes doce e tímido, torna-se galanteador e insaciável atleta de alcova, tudo alcançado pela justificativa de esquecer sua 'rainha coroada', como ele diz no filme.
A dor do amor não correspondido foi sublimado nas ruas e camas. Múltiplos amores surgiam, os anos de passaram, e regados a muito suor e sexo, o amor de acalmou dentro do peito. Nem mil mulheres o fizeram esquecer seu infante sentimento.
Mas a pergunta que fazemos assistindo o filme é: quanto tempo você esperaria pelo amor de sua vida?
A resposta.....assista!
P.S.:De quebra o filme ainda traz um desempenho primoroso de Fernanda Montenegro, e a rouca e suave voz de Shakira.
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O filme nunca vi, mas lembro de ter pensado, qd li o livro, se é mesmo romântico esperar tanto tempo por um amor ou se é desperdiçar boas coisas q teriam acontecido se ele tivesse sido realmente deixado pra trás.
ResponderExcluirDepende, de fato, do ponto de vista, Renata...aprendemos bastante sobre o que deixamos pra trás e o que a vida nos apresenta depois...é a vida..
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