quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O pecado da ingratidão


Quando alguém te estende a mão, te ajuda, o mínimo que se pode esperar de uma pessoa decente é gratidão. Claro, é bom salientar que refiro-me a uma pessoa decente, o contrário nem sei como designar. Para Miguel de Cervantes, a ingratidão é filha da soberba. É uma pena, só quem sabe o poder da ingratidão quem já a sentiu na pele.

A pior punhalada é aquela que vem de onde você menos imagina. É o fogo amigo, é a traição, covardia. São inúmeros os verbetes que o dicionário pode trazer sobre o assunto.

"A ingradião é o mais horrendo de todos os pecados", diz Alexandre Herculano. Já para o célebre Machado de Assis, assim o fala: "A ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso". Tal atitude desmascara, apresenta a real face dos demagogos e 'anjos necessitantes' de plantão.

A súplica só lhe é conveniente quando a situação não lhe é favorável. Terrível. Porém, um dia, o veneno volta para seu próprio feiticeiro. Nada pode ser feito. Já se aprendeu. Não cometamos o mesmo erro duas vezes. Caso esteja em sua natureza ajudar, parabéns, mas torço que não seja de sua estirpe errar.

Até Lutero dizia isso na Europa medieval. "Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixa feridas profundas", afirmou o pai do Protestantismo.

E pra finalizar...."Existem três classes de ingratos: os que silenciam diante do favor; os que o cobram e os que se vingam".

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