Lá pelas bandas do Sertão e Agreste do estado nos deparamos com instalações de hospedagens um tanto o quanto inusitadas. Em pousadas por aí já vi muita coisa interessante, divertidas até. Sofro com a falta de tomadas, isso é o mínimo. Para não dizer o colchão péssimo, ex-quartos de fumantes, são cúbiculos que aceitamos ficar pela necessidade de uma noite dormida.
É a necessidade exigida pelo ofício de gostar de viajar pelo mundão a fora. Nessa minha última passagem por Delmiro Gouveira, por exemplo, fiquei numa pousadinha até que aconchegante, mas inusitada. Bem, no alto Sertão de Alagoas, acomodações 5 estrelas estão descartadas, né gente. Aí era frescura demais.
Enfim, a própria recepcionista já tinha me avisado e a minha equipe que os quartos são simples. Tudo bem. Naquele momento estava querendo mesmo apenas uma cama e uma ducha. O mormaço e a estrada acabam com um e qualquer sinal de conforto já é válido.
Foi então que entrei no quarto. Tinha ar condicionado, caminha forrada, toalha (muitas nem tem), cômoda, duchinha, legal, mas dentro do quarto é que começamos a nos inteirar do ambiente. A televisão não pegava, o espaço entre sanitário e espaço pra tomar banho não existe. Até por que, se eu abrisse meus braços, acabava banheiro.
Mas de tudo isso, o que me chamou mais a atenção foi o tamanho do espelho que vi no banheiro. Não me contive, ri sozinho mesmo. Pra quê serve um espelho tão diminuto? Se pentear? Uma aventura, né.
Gente pera só. Nós que estamos na estrada estamos preparados pra tudo isso. Sabemos que as condições por aí, não as que temos em casa, concordo. Já rodei essa Alagoas toda, e algumas bimbocas por esse sertãozão e sei bem como é. É trabalho de hermitão mesmo, sem frescuras e sem exigências. O que vale mesmo nessas situações é uma caminha quentinha, um ar condicionado, um chuveiro legal e sono......muito sono. É difícil, mas tentamos para repor as energias e seguir viagem.
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