O artigo do jornalista Antonio Carlos Teixeira, no site do Observatório da Imprensa, postado no dia 9 de novembro, levantou um assunto que pouco aparece na mídia como um todo: A comunicação de governo. Não se pode conceber atualmente um governo sem tal estratégia. Abrindo espaço aqui, ali, acolá, aos trancos e barrancos uma comunicação mal feita custa muito ao cidadão, além de sobrar também para o gestor-assessorado em si.
A Comunicação Social deve ser encarada como política pública sim, onde o cidadão tem o direito de saber o que está acontecendo em seu município, estado ou país. As ações, medidas, iniciativas, benefícios enfim, a utilidade pública deve ser passada de forma transparente e objetiva. A imprensa chapa branca, como dizem, deve fazer valer seu trabalho.
Em todo governo, seja municipal ao federal, o setor de comunicação é altamente cobiçado pelos valores que envolvem as verbas publicitárias. Rádios, jornais, sites, Tvs, revistas, e demais grupos de comunicação ficam de olho arregalado nas sifras institucionais.
Nos municípios alagoanos pelo menos a comunicação social se resume a colunismo social. Prefeitos só são simpáticos em aparecer em foto de festa de Emancipação Política ou doando peixe na Semana Santa. Quando não são pegos em alguma operação da Polícia Federal. Aí os gestores ganham mídia espotânea nas páginas policiais dos jornais.
É preciso se repensar? É óbvio que sim. No Estado, não é muito diferente. Algo positivo que se faz só ganha as telas dos sites e as manchetes dos periódicos, quando se paga. Normal. Por que como dizem, fazer uma gestão pública legal é obrigação. Que seja. Porém, nem a utilidade pública tem seu espaço.
Deve-se ocupar as rádios do interior. Disseminar a informação para os que menos favorecidos tenham acesso à ela, são eles que mais precisam dessa informação. Montar um plano de comunicação para fazer a máquina andar é o desafio de todos os gestores da comunicação. Mas não há negócio diante de uma 'cartolagem de comunicação' salafrária e mercantilista.
"Só divulgamos as ações do Estado se eles pagarem", "olhe, temos essa denúncia, caso não pague tanto, divulgamos". O diálogo é bem por aí mesmo. A mentalidade de ambos os lados deve mudar. Mas não será hoje ou amanhã. A maturidade de comunicação só mudará quando o setor empresarial da mídia for profissionalizado. Mas creio que nem isso, pois onde há interesses, dinheiro e destinos em jogo, Deus não manda.
A romaria em busca de apoio já começou nos corredores da Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas (Secom/AL). Todo mundo quer um pouco da fatia do bolo. Até por que não se mantém um veículo de comunicação em Alagoas sem o apoio do Estado. Até os meios de comunicação da oposição precisam da banca estatal.
E agora, quais os destinos da comunicação de governo para os próximos quatro anos? Isso é tema para outros posts....
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