Não iria escrever hoje. Quando não estou bem e quando não posso passar o bem ao próximo, prefiro me calar. Fico introspectivo e 'na minha', onde não incomodo ninguém. Como todo bom canceriano fecho-me em minha concha.
Se existe inferno astral de fato, voltei a padecer dele nos últimos dias. Questões pessoais, trabalho, família, todo mundo tem problema, é do ser humano, e não vou entrar no mérito de expô-los aqui, nem me martirizar por isso.
Só queria registrar o poder que as crianças têm sobre nós. Estava bastante chateado ao entrar em casa, tristonho, mas aí vi uma figura sem igual me esperando na garagem de casa. Era minha sobrinha Evelyn, de 5 anos, com um colar enorme no pescoço, um óculos ainda maior no rosto, a boca vermelha, encarnada por um forte batom, vindo toda fasseira em minha direção. Ainda no estilo, a pequena maquiada como uma dondoca, e ainda com uma sandália chiquosa três vezes maior que o pé dela....rodava o colar no dedo.
Ao ver tal imagem, não resisti. Meus olhos marejaram, e colocaram novamente um sorriso em meu rosto. Ela veio e disse: "Eu sou a sua mãe...havia, havia, eu tô atrasada", dizia Evelyn, imitando minha mãe, sua avó por tabela.
Problemas se foram, preocupações, aflições, decepções e tormetos pegaram outro rumo. Volto agora às minhas orações para que tal nuvem negra dê sequência e 'pegue o beco'. Brevemente, espero, brevemente.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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