segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Bovary: a precursora


Escolhi como tema deste post a fictícia história de madame Bovary. Quem nunca ao menos ouviu falar da recatada dama francesa que desafia toda sociedade francesa do século XIX pondo aquele belo par de chifre no maridão incólome? Bovary é fruto da obra do escritor francês Gustave Flaubert, que foi julgado (mas absolvido) pelas ideias do romance que escreveu. É ideias mesmo, pois desafiou a 'puritana' sociedade francesa, dita tão politicamente correta.

Mas todo mundo tá cansado de saber que a França, desde do "Rei Sol", Marat, Robespierre, Bonaporte e tanto outros, jamais fugiu a um dos esportes mais praticados pela humanidade: sexo e libertinagem. É, a sensualidade está no sangue azul dos franceses. Não há como negar, até o cinema fracês traz isso até hoje. Há um toque singelo de madame Bovary em cada filmograma francês.

No livro, Emma Bovary é um pacata senhora atormentada pelo marasmo que se tornou seu casamento. Sonhadora como os personagens do romantismo acadiano, bucólica como ela só, Emma sonha, sonha, sonha até demais pra realizar suas traquinagens. Requintada até demais para os parâmetros interioranos, o médico Charles Bovary se engraça com a moça e casa-se com ela.

Charles não era lá aquele atleta de alcova, aí já viu, pior coisa é mulher insatisfeita na cama. Dali saia toda a revolta da sociedade francesa da época, a obra mexia com os brios da dona de casa francesa. Sempre reprimida sexualmente, as madames viam em Emma um reflexo, um simulacro de suas vidas.

Emma então conhece Rodolphe. Ele não demora muito e cata a moçoila carente e estabelece um caso com ela. Extravagante, Emma, mulher de luxo, é o contra ponto do que era no interior. E cada vez mais o apetite sexual da sujeita fica mais apurado...daí pronto. Ela começa a tomar conta dos negócios da família, mas após grave crise, ela se envenena e pronto. Lascou...põe fim na vida de luxúria e prevaricação. Muitos franceses é claro sentiram falta dela...rsrsrs

Peninha...mas era tudo ficção. Será? Isso acontece todos os dias, em todos os países, mas o lamentável é que muitas 'bovarys' que brotam todos os dias até hoje não se tocam do mal que fazem com elas mesmo. Belas jovens, com futuros brilhantes, bem-sucedidas, entretanto não se dão o devido valor ao que tem entre as pernas.

Mulher não é sinônimo de sodomia ou libertinagem. É exemplo de honra, altivez, sobriedade. A autêntica madame Bovary daria de lavada nas menininhas que trumbicam por aí pulando a torta e à direita. Coisa besta. Respeito mais as 'mulheres da vida' que têm como profissão o maior dos prazeres, do que as que nem cobram pelo serviço de alcova, onde muitos depois as esnobam, esculacham, desonram e difamam por aí...coitadas delas. Pobres...!!!!

P.S.: O romance é belíssimo, leiam....

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