quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Coração ouriçado
Se Lord Byron estivesse vivo ele seria o melhor amigo do cantor country americano Bad Blake. Boêmio, entregue ao cigarro, bebida, jogo, e similares, o cantor foi tema do filme Coração Louco, vencedor de dois oscar (melhor ator e melhor música).
Aí a galera do contra vai e comenta o asco que tem pela música sertaneja americana. Rótulos como 'breganejo", "sertanojo", enfim. O country americano sofre o mesmo que por essas bandas. Procuro ouvir tudo mesmo, sentir algo de bom em todo movimento musical. Para os que discriminam, Coração Louco traz à tona uma discussão sobre o poder da dedicação e do amor. Não é pieguice, galera. É como a superação pode entregar de novo a vida a um cidadão.
O filme mostra que mesmo diante de uma vida amarga, rude, difícil, muitos pensam em desistir, entregar os pontos. Blake tirou do fel o mais belo acorde. Como pode isso, gente? É difícil de entender isso. Como tirar algo de bom quando a vida só te maltrata? É muita elevação. Tô longe disso, reconheço.
Foi que Jeff Bridges passou incorporando o cantor: superação topada. Apenas quando ele conheceu novamente o sentimento, superou seus problemas, assumiu seus riscos, Blake alcançou sua redenção, voltou a compor, a viver e a respeitar a si mesmo. A atuação de Bridges é fenomenal. A trilha é legal. É até inspirador, vê só...rsrsrs
Boa pedida de filme...
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