Eu sou do tempo que todo moleque jogava bola descalço no meio da rua, ou no campinho ao lado de casa. Perdi as contas de quantas vezes abandonei sandálias, chinelos, ou camisetas correndo do bom e velho (já falecido) lobinho. Lobinho era um lindo, mas raivoso, cão do dono do terreno que servia de campinho pra os meninos da rua.
Seu Domingos, dono da propriedade, era tão turrão, que ele colocava sem pena alguma sua caçamba no meio do campinho. Isso com a garotada jogando ainda. Não satisfeito com a correria desenfreada da turma, ele ainda colocava lobinho para correr atrás de nós.
Automaticamente nos transformávamos em foguetes com pernas. Haja pique. Os pés batiam nas costas. Tudo pra voltarmos inteiros pra nossas casinhas.
Lembrei destes tempos, por que ao chegar em casa na noite desta quinta, vi uma pirralhada jogando pelada na rua. Quanta inveja a minha. Como era bom ter apenas como preocupação, como driblarmos o nosso colega ou não deixar metade do dedo no calçamento.
E lá vem o moleque com a bola debaixo do braço...."oi, dois gols ou 10 minutos, linha fora"
Nenhum comentário:
Postar um comentário