Como todo bom canceriano, quando estou triste me fecho. Resigno em minha concha e nada lá me atinge. Mas não preciso me entristecer para me isolar e me permitir um canto só. Prefiro assim para não magoar ou estressar ninguém. Mas nem sempre a tristeza é o motivo de minha introspecção. Motivo, motivo para estar triste não tenho. Dou graças por ainda dispor de pai e mãe, namorada, amigos, emprego, saúde e tudo que faz um homem feliz.
Não é preciso muito para tirar o sorriso do rosto. Por vezes um gesto, uma palavra, um olhar. O trabalho, isso sim tem uma capacidade extrema de me tirar do sério. Sou criterioso e beiro ao perfeccionismo chato e pragmático.
Mas curto também aquele momento só, aquele que ficamos pensando na vida. É quando nos pegando sorrindo, sérios, chega até a marejar os olhos. Sem motivo algum pensamos num passado, planejamos o futuro e nos imaginando fazendo milhões de coisas. Uma estrada vazia nos ajuda nesses pensamentos. Liga o som alto, cantarola, ou canta alto mesmo para espantar seus males infinitos e não admitidos. Isso faz um bem....vocês não têm noção.
Por isso aviso aos navegantes mais presentes que sou mesmo assim. Não uso aquela máxima terrível dos tempos de chumbo (Ame-o ou deixo-o), por que não me dou tal luxo. Gosto de todos os que me rodeiam, encorajo meus inimigos, desafio aqueles que quero bem, aposto no futuro, rio do passado, questiono a exatidão, obedeço meu coração e meu instinto.
Outro dia, uma amiga minha me apresentou umas pistas de como agem os cancerianos. Nunca me vi tão bem representado ou descrito. Sou tão de lua, quanto qualquer outro carangueijo. Já em outra oportunidade, uma amiga de trabalho só me chamava de carangueijo, justamente por isso. Todas as características do cancerianos estão em mim e de modo maiúsculo.
Sou passional, sou emotivo, família, cortês (odeio), até não me suporto às vezes, mas fazer o quê? Viver sem mim, não posso. Paciência.....Que Deus me abençoe e àqueles que me cercam.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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