Diário de bordo ano zero, sete meses e algumas horas. Mas para os ponteiros da vida vão 29 anos e outros meses incompletos. Falar sobre o tempo é tão cheio de simbologismos que por vezes não conseguimos sair do pieguismo. É difícil se ausentar dos sentimentos presentes para retornar a instantes de emoção em sua essência maior.
Seja entre lágrimas e abraços, esses momentos marcam, de uma forma ou de outra. Mas é que hoje recebi uma notícia que me fez refletir sobre a transitoriedade do tempo e da necessidade humana de aproveitar cada gota desse precioso tempo. Zezé foi uma senhora que me viu nascer e acompanhou meu crescimento. Ela era vizinha de minha avó, no bairro histórico de Fernão Velho, periferia de Maceió.
Uma boa parte de minha infância, eu passei brincando entre as árvores e praças da Fábrica Carmen de Tecidos - hoje com a produção muito a baixo do que produzia nos áureos anos 80. No mais, era Zezé que me chamava para voltar pra casa e me dava aqueles gritos de prache que todo moleque merece para saber como é a vida.
Zezé sofreu um derrame cerebral e não se recorda de seus bons tempos de praia, e muito menos dos domingos divertidos que viveu no quintal da casa de minha avó. Uma pena. Hoje já beirando 30 anos, me ponho diante de personagens destas épocas longínquas e reconheço a importância de pessoas como Zezé. Ajudou a me educar, aturou-me muito e com o devido instinto materno foi mãe quando pôde sê-lo comigo.
Sinto saudades daqueles tempos quando a maior preocupação que tinha era do que ia brincar no dia seguinte. Ai ai ai ai, tempos de sorrisos doces, inocentes e sem malícia.
Força Zezé!!!! Deus te guarde e muito obrigado.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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