quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Profissão perigo II: repórter
Quem é o cara que faz as perguntas que você gostaria de ter feito para aquele político? Qual é a figura que sobe e desce grota atrás da polícia e ainda por cima tem em seu ouvido o zunir dos tiros? Quem é que dá o peito num fogo cruzado para mostrar as barbáries de uma guerra? Quem é que vê e comprova a denúncia? Quem sente o calor da rua, recebe porta na cara, mal humor de entrevistado, ameaça de policial, conversa e se diverte com as gírias dos traficantes? Quem come poeira no Sertão, ou ainda cai na gargalhada diante de discursos fantasiosos de políticos e suas falsidades? putttzzzzzzz......por essas e outras que o bichiguento do repórter não merece nem feriado....Hoje é o dia dele - eu me insiro também.
Vamos deixar claro que repórter é uma mera função do jornalista, assim como editor, redator, apresentador, enfim....só para deixar bem claro! Porém, o espírito de repórter jamais deve ser abandonado. A tara de fazer uma matéria bem feita, bem escrita, bem falada, narrada, como queiram, essa gana de fazer bem, nunca pode sair do profissional do jornalismo.
Não devemos cair na mesmice, no comodismo, é a morte do jornalista. O relaxamento nos limita e amputa nossa tão rica criatividade. Cega aquele olhar que todo mundo conhece no momento após escrevermos nosso material. Tal olhar que deve ser tangido pelo olhar popular, do povo, olhar social mesmo. Entender o que é mais importante para a vida do cidadão. Pena que o jornalista não tem opinião, ele atende ao posicionamento do órgão que paga seu salário....afff, terrível, né, é a real.
Enfim....deixo aqui meus parabéns aos profissionais que trabalham duro no dia a dia para levar ao cidadão notícias, informações, utilidade pública e tudo aquilo que possa ser usado à favor da defesa dos direitos sociais. Ufa...somos os arautos da verdade? Nem sempre...respiramos notícias, vomitamos indignação, transpiramos inconformismos e somos topados de desconfiança...assim somos. Somos questionadores por natureza. Antenados por obrigação, e ligados por definição.
Detalhe, sempre ouvi isso de alguns colegas mais experientes: "o jornalista é o único profissional que deve saber falar sobre qualquer assunto durante, pelo menos, cinco minutos". Bem,....como todo repórter é jornalista, mas nem todo jornalista é repórter....fica o lembrete!Definitivamente...não é pra qualquer um.
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