sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Dona Maria, bodes e carneiros...


Ninguém em sã consciência cortaria o Sertão alagoano à noite sob o risco de ficar na mira de espinguardas ou ainda acordar dentro do carro com o zunido das balas comendo no centro. Mas como todo mundo tem um pouco de doido mesmo...já viu. Eu, meu repórter fotográfico Neno Canuto e nosso motorista Carlos Aquiles em nome de um "descanso" nos aventuramos nessa empreitada.

Tudo por que tínhamos um compromisso muito cedo na cidade de Mata Grande - uma das sete cidades alagoanas situadas no Alto Sertão nordestino. A cidade que faz divisa com Pernambuco é conhecida pelo clima frio e agradável durante à noite. Chegamos por volta das 21h e fomos ao nosso abrigo, a residência de uma das famílias mais conhecidas de Alagoas: os Malta. Mais calma, essa nova geração não impõe o medo como abrir portas. Os tempos mudaram e graças a Deus para o bem.

Após uma dormida bem confortável fomos pra nossa pauta. O Estado doou equipamentos para qualificar a produção leiteira da região. Mas o legal como sempre não é nem a pauta em si, mas o backstage. Lá conhecemos uma figura de marca maior: dona Maria Rosa. Ela nem sentia o calor que passava dos 40º...era sorrisos e mais sorrisos, abraços ela também não economizou, quem aparecia ela distribuia carinho e o polegar em riste em sinal de positivo.

O melhor ainda estava por vir....constrastando com o cenário de miséria, habitual no Sertão, a culinária da região enche a boca de água...Pense! Paramos em duas cidades para degustar o majar dos deuses nordestinos: bode guizado e carneiro na brasa.

Tanto em Santana do Ipanema, como em Palmeira dos Índios ambos os pratos foram traçados como se come caviar...com parcimônia para apreciar o sabor...nnooouuusssaaa senhora, bom demais. Que venham novas viagens para encher nossa cabeça de histórias e nossos buchos de quitutes regionais!

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