Cada dia que passa a estrutura do bom e velho lead onde podemos responder o que, quem, onde, quando, porque, logo no iníciozinho da matéria está desmoronando. Hoje cada vez mais tem espaço na mídia um texto curto, objetivo, direto e com aquele jeitão gostoso de se ler ou ouvir.
Adoro ouvir as matérias televisivas. Fechar o olho e apenas ouvir. As matérias que são bem feitas, com textos perfeitos, você sente como as palavras fluem sem forçar nada. E você plana na imaginação, já sabendo o que está aparecendo na telinha. Elas parecem que se unem naturalmente pela força da peculiaridade de nossos pensamentos.
Pegue uma matéria feita pelo Tadeu Schimdt e feche os olhos. Parece música. Sandra Passarinho, a eterna repórter global que dá vida a textos corriqueiros dando a eles o toque que chama sua atenção, e não deixa você sair da frente da telinha.
Nesta terça-feira foi a vez do repórter esportivo Sandro Gama, do Rio de Janeiro, ele fez uma matéria sobre um jogo beneficente entre Bebeto e Romário. Ele poderia simplesmente fazer o feijão com arroz. Gravar dois ou três offs e ir pra casa ver o resultado. Não, ele acrescentou até a metalinguagem, inserindo-se no texto, além de outros artifícios peculiares bem atrativos, que tornaram a matéria linda e bem legal.
Matérias leves, gostosas de ouvir, como as que Lilian Witte Fibe fazia sobre economia, traduzindo todo aquele economês para os réles mortais, aquilo sim era matéria de verdade. Todos entendiam tudo. Esse tipo de matéria não vem do nada. Requer inspiração, talento, prática, dedicação, e principalmente, ter amor pelo que se faz.
É sentir a alma do assunto. Incorporar-se e ao mesmo tempo se colocar no lugar do público que vai perceber sua matéria. Esse é o mitiê que nossos colegas profissionais de comunicação precisam entender.
Parabéns galera continuem assim, dando exemplo e aprendendo diariamente!!!!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
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