quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Pela paz, contra o ódio
Quem sabe o limite entre o bem e o mal? Eu tenho convicção que a falsidade não está no hall das coisas boas da humanidade. Prefiro o ódio velado à falsidade de tapinhas nas costas e 'meu querido' pra lá, 'minha querida' pra cá.
Os arautos da bondade não ficam frestando pelos corredores, falando baixo, cochichando e confabulando. Reconheço que não existe o sangue puro da maldade, muito menos a ingênua bondade. Cada um de nós tem um lado que pode ser provocado e somatizado de acordo com fatores e ocasiões.
Provocações alheias também não são da estirpe branca da paz. Se não gosta ou não bate, suporte ou peça pra sair. Admita sua incompatibilidade e pegue o 'beco' da convivência, se o tiver.
As indiretas por terceiros se assemelham a covardias e picardias dos fracos de espírito e pobres de atitude. Nem entro na seara da pequinês de índole, pois não me apego a esse tipo de coisa. Não sou lá muito de guerra. Guerriei bastante, hoje estou cansado de batalhas sem fim.
Queria deixar claro que nunca fui nenhum anjo, já comentei aqui outras zilhões de vezes, porém, eu visto minha carapuça de anti-heroi. Bom moço já viu, hoje admito que tenho mais espinhos que antes. E como todo mundo...quando pisam no pé...já viu!
Sou do tipo que dou todas as chances de mundo para contornar uma situação. Prego a parcimônia até às tampas. Conversar, conversar, conversar. A diplomacia deve existir, sem dúvida. Mas quando não há espaço para um diálogo ou respeito, ou ainda uma das partes não esboça interesse no sentar na mesa....resta a contenda.
Erguer pontes, criar estradas, fazer ligações é fundamental para o ser humano, todavia quando se chega a um certo nível o estabelecimento de muros é inevitável e lamentável. O embate é triste, corrosivo, danoso e pernicioso para todos. Ninguém sai ganhando. Só ficam mágoas e ressentimentos profundos. Riscam cicatrizes que ficam pro resto da vida. São sem volta.
Dizem que se te oferecerem os trabucos dos canhões dê-lhes rosas, ou algo assim...Bem...é muito pacifista defender-se com pétalas, porém, o fomento do ódio, da luta, das fofocas, tira o monge mais fervoroso do sério. É necessário equilíbrio, sensatez e saber o que quer da vida, eu bem sei que não quero ficar velho riscando faca no chão.
Chego a esse ponto do post com o coração vazio, sereno. Após uma breve oração que fiz, qualquer sinal de desavença se fragmenta e se dilui em pó. Este post é em homenagem então a pessoas que possuem dentro de si um quê de trevas que por meio de falsas amizades tentam fomentar a intolerância e a desarmonia. Demonstram uma bondade fake, até por que a definição de bondade é relativa (Ser bom no Irã é matar um israelense).
Reintero que se existem problemas ou desacordos com quem quer que seja, fale, abra seu coração. Orgulho é ruim, nefasto e pobre. Não sou o exemplo de pessoa que desejo ser, mas a cada dia tento acertar e estabelecer panos frios aos problemas que aparecem. Entristeço-me com o rancor e o ódio. Devemos aprender a conviver com as diferenças e os desejos difusos aos nossos e respeitá-los.
Vai o recado então: aos meus inimigos, saúde e vida longa; aos que me suportam, paciência e saco (opcional); aos que me odeiam, Deus te abençoem; aos que me desejam o mal, faço o sinal da cruz e rezo por sua alma.
Repito, não sou nenhum anjo, muito menos um demônio de rabo. Fico com o anti-heroi que permeia entre esses mundos. Tenho em mim os dois....tem gente que desperta em mim os piores sentimentos, mas por outro lado, prefiro lembrar dos momentos legais que tive. Fico com a paz, com o sorriso, com a calma interior. Exercito isso diariamente, e como todo aluno, existem as recaídas.........
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