sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Quem disse que feriado é só tranquilidade?
Chegou mais um feriado do calendário brasileiro. E advinha...mais um feriado sacro. Nada contra, só acho que o brasileiro é folgado demais por causa da tamanha quantidade de feriados. Quem sabe se trabalhásemos um pouco mais? Deixa pra lá se não vou ser escrachado aqui.
O fato é que quando chega o feriado chega com ele uma gama de bafons que tiram a gente do sério. Vamos lá. Como aconteceu este fim de semana, o feriado é numa sexta e a galera logicamente enforca o sábado. Aí quem opta por uma praia, bem já viu. Pega o rumo da casa de praia. Não tem? Infiltra-se na do colega. Gato, papagaio, piriquito, mulher, menino e parentes. Todo mundo pra se arrumar já dura umas 3 horas.
Eita e se a mala do carro não dá as malas. Nooouuuussssaaaa, confusão. Alguém tem que esvaziar a quinquilharia. "Você não precisa de 6 biquinis, amor". "Nem você precisa de uma caixa de som do tamanho do carro". Por aí vai...
E o trânsito? Aí complica. As estradas para o litoral todas estão lotadas. Você não encaixa uma terceira. E ainda tem aquelas famílias que adoram ficar admirando a paisagem ou ainda, freiam em cima das tapioqueiras ou pertinhos dos ambulantes. É cada freiada. Ainda não temos bola de cristal pra advinhar onde e quando esse povo para.
E aquela galera que começa a esquentar os batuques ainda em casa. Eles pegam uma breja, abrem, e já vão bebendo na estrada. Afff!! Irresponsáveis.
Chegando nas praias. Todo mundo instalado. Vamos pra areia. Além de você duelar um espaço na areia com ambulantes e enchê-los de "não, não, não", eles dão uma de surdos e vão pra cima. Como se não bastasse, vem aquela multidão com boias e caiem na água como se fosse o último mergulho da vida. Boias, eu fui ameno. Cama de ar de caminhão, claro. É aquela melequeira na areia. Eles ficam parecendo frango à milanesa. É uma figura.
Dentro das casas é outro suplício. O vizinho acha que pode sobrepor seu mau gosto pra todo mundo. Topa o som de seu paredão e quem quiser que traga algodão pra tapar os ouvidos. Você não consegue descansar. Dormir então...é um privilégio. É beber até ficar anestesiado e dormir sem sentir nada.
Até dentro da casa que você está, você tem que esperar a sua vez de fazer tudo. Mas é tudo mesmo. Banho, sanitário, comer. Putz...haja paciência. É um rebanho de menino correndo pra cima e pra baixo. Até a música também, dentro da sua casa, você não pode opinar. Você perde tudo, gente. Ave maria.
E se for viajar pra fora do estado? kkkkkk, lascou...tudo começa nos aeroportos....prepare mais duas horas de espera, perda de malas, poltronas minúsculas, taxistas ladrões....!!! Escolham.
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