Era um domingo. Ele ficou entitulado como Domingo Negro. O 16 de agosto de 1992 entrou para a história do Brasil. Pela primeira vez, o povo ia às ruas para derrubar um presidente da República por sérias acusações de corrupção. Dias antes, o então presidente Fernando Collor tinha pedido para que o povo, que ele mesmo enganou, não o deixasse só. Ele tinha pedido ao povo para que saisse às ruas vestindo verde e amarelo. Boicote nacional.
Jamais o povo brasileiro tinha se unido de forma tão una, tão homogêna, contra um mal tão inesperado. Um mandatário eleito pelo povo. Em represália, os brasileiros vestiram preto, pintaram o rosto e criaram o movimento dos Caras-pintadas.
Não pensem que tudo isso surgiu de uma hora pra outra. O próprio irmão de Fernando Collor, Pedro Collor (já falecido) denunciou um ermético esquema de corrupção. Sem contar dos desastros planos para conter uma inflação cavalar. Quem não se lembra do congelamento das poupanças. O governo federal usurpou seu pobre e poupado dinheirinho. Aposentados morreram, suicídios pelo país.
Como se não fosse o bastante o apoio popular contra Collor, o levante engrossou com a mídia o massacrando constantemente. A oposição se reforçou. A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), centro acadêmicos, grêmios estudantis, DCEs, CUT, PT, PC do B, toda a oposição e a sociedade se alinharam contra as forças colloridas, já decadentes.
Veja só nas fotos quem está aí...
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