Vamos as histórias de viagens por aí. Bem, certa vez fui fazer a cobertura de uma inauguração de cisternas no alto Sertão de Alagoas. O local: povoado de Baixa da Mãe Joana, em Poço das Trincheiras. Até então aparentava ser uma viagem comum, cansativa, mas comum. Foi então que motorista, repórter fotográfico e o jornalista que vos fala pegaram a estrada. Ainda bem que o ar condicionado do carro não nos deixou perceber o escaldante calor do Sertão.
Chegando em Poço das Trincheiras, a missão era achar o bemdinto lugar. Foi então que ainda no asfalto avistamos uma placa apontando para o nada: "Baixa da Mãe Joana". Seguimos. O primeiro pé de gente que encontramos foi logo. Perguntamos a um senhor de aparência forte e vistoso, montado em sua bicicleta. Segundo o veinho, estávamos no caminho certo, e afirmou, "É logo ali, podem seguir". Andamos mais alguns quilômetros, e a dúvida ainda persistia, será que aquele senhor nos enrrolou? Naquela altura da estrada empoeirada, surge dois garotos montados num carro de boi.
E a sentença continua: podem ir, é bem ali. Outras milhas a frente, passamos em frente a um casebre e foi lá que avistamos aparentemente uma criança sentada na garupa de uma bicicleta. Garoto que nada, era um anão. Quando perguntei, me segurei pra não rir, devido ao engano. Mas ñ deixei de perguntar onde era o famigerado destino. Foi quando que o pequeno amigo virou os beiços e apontou como os demais conterrâneos sertanejos, "tá pertinho, é bem ali".
Nessa historinha, foram mais três pessoas pra saber se estávamos no trajeto correto. Entre buracos, suor, poeira, solavancos, sol e calor, foram quase 24 quilômetros Sertão a dentro. Foi chão, muito, muito, muito chão. Até que chegamos, fizemos a pauta, mas o meu personagem principal não foi....putz...quanta raiva!!!!
De todo modo, fiz meu papel. Cumpri minha missão. Mas cá deixo um recado....nunca, jamais, por hipótese alguma confie num anão, principalmente quando ele vira os beiços....haaaaaaaaaa
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