Diário de bordo, dia zero, ano zero, horas nem tanto em Brasília. Nem 24 horas se completaram de minha chegada no Planalto Central, e já tô pensando em minha volta. Putz, caros amigos, o pranto não cessa. Foi choro de Maceió à Salvador, local da minha conexão para Brasília. Olhos inxados, corpo pesado de saudade e mágoa de mim mesmo. Mágoa não por ter aceitado a tentadora e desafiadora proposta de trabalho, mas um pouco sim arrependido. Nunca vi meu pai chorar tanto, nem minha mãe acreditar tanto em meu sucesso por aqui. Nem mesmo eu confio tanto em mim.
Foram dias de cão mesmo. Desde o recebimento do convite vivi momentos de alto estresse e nervosismo. Foi um desafio jogado em mim, que ñ podia recusar tal missão. Até os guerreiros temem!
A falta de todos vocês me angustia....andar a pé de novo é lasca. Ô costume.... Tá certo que é tudo muito perto, mas vou penar nesse primeiro mês. Vamos as resenhas....
Pra começar, cheguei em cima da hora no Aeroporto Zumbi dos Palmares. Nem pude me dispedir direito de meu irmão, mãe e namorada...pense na aflição. Chegando dentro do voo percebo que tenho q mudar de aeronava em Salvador. Isso é foda...muito chato. Já em SSA, eles 'esqueceram' de avisar e embarquei no embarque imediato. Entre lágrimas, lamúrias e um longa-metragem que passou pela minha cabeça, pude lembrar de momentos deliciosos com diversos personagens que passaram pela minhda vida. Foi quando me distrai um pouco.
Já em solo candango, em pleno aniversário da cidade, me deparo com uma Brasília vazia, calma até demais, e claro conheci meu primeiro anfitrião por aqui, seu Getúlio. Fala mansa, jeito frágil já em decorrência dos seus mais de 60, a figura no primeiro encontro, bate com carro. Uma F1000 velha que o coitado na ânsia de não pagar o estacionamento acabou batendo a frente do veículo na mureta da saída...me segurei pra ñ rir!!!
Em seguida, ele começa fazendo um city tur por Brasília, mostrando onde vou trabalhar, lugares pra comer, onde fica Tv, rádio, enfim...Nesse caminho ele começa a dizer que o estabelecimento dele, onde vou ficar neste mês inicial é irregular. Pois as pousadas em Brasília, estão em processo de legalização. Pronto, a qualquer momento posso ser despejado....enfim.
Ai a minha luta pela net. fui comprar o moldem, e só comprava, é claro, com comprovante de residência. E quem iria levar comprovante de residência pra uma viagem? Frustrei. Fui comprar um aparelho de DVD...pra assitir uns filmes e ajudar o tempo passar nessa cidade. Quando chego no ap, as tomadas estavam folgadas, ou pega tv ou dvd....kkkk. Ai na minha intrépida busca, achei um comprovante na minha mala, sumido. Coisa de Deus mesmo, quando retorno a loja depois de uma caminhada da peste, o sistema estava fora do ar. Putzzz! Vou comprar a extensão ou um simples "T", e nada também....Meus Deus....Dai vim pra um cyber café contar essa aventura numa cidade quase fantasma.
Aí vcs perguntam...o que em uma cidade em festa pode ser tão ruim...Eu respondo: Tudo. Sem amigos, família e namorada, nada tem sabor. Motivação pra quê? Sem alguma. Sinto vontade apenas de implorar aos céus que o tempo acelere, que os ponteiros andem mais depressa. Desejo isso. Peço a Deus que me dê força pra suportar tamanha dor e inquietude. tá dificil amigos.
Apenas o contato com vcs pelo msn, por telefone me aproxima e acalma meu coração. Heverlane nesse sentido tá sendo meu farol. É ouvir a voz que é como se estivesse ao meu lado. Me dá força e ânimo, mas bate aquela vontade incessante de voltar. Rosa acaba de me lembrar que é importante ficar para o bem de minha carreira, mas quero o bem pra minha vida e pro meu coração...
Rezem por mim...e reforço: sinto saudades de todos!!!
Amanhã é outro dia (assim espero)
terça-feira, 21 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Meu bem,
ResponderExcluirPor incrível que pareça nunca me reconheci tanto numa situação quanto lendo agora este seu post. Parece exatamente o que senti há uns 11 anos quando tive que deixar a segurança e conforto do meu lar, da minha cidade de interior, onde conhecia tudo e todos, para me aventurar sozinha na capital, para começar uma nova etapa da minha vida, com tudo novo e diferente. A minha mudança foi bem semelhante a sua, mistura de sentimentos: expectativa, medo, saudade, arrependimento... a única coisa que me perguntava era: Como eu faria??
Tive que começar de novo: Aprender a andar de ônibus, porque não teria mais carro à disposição; ter que tomar conta da vida e da casa porque mamãe não estaria aqui pra fazer isso por mim; idas e voltas para os locais só, já que não tinha um amigo aqui para companhia e precisando me adaptar, o mais rápido possível, a nova maior responsabilidade da minha vida do momento: Meus estudos na Universidade. Mundo amplo, cheio de tantas possibilidades e com gente completamente diferente ao que parecia razoavelmente real para mim.
Amigo, não vou mentir para você. Foi terrivelmente assustador!!! Todo tempo tinha que falar com o meu pessoal, foram dias e noites de pânico, se no fim de semana eu tivesse que ficar aqui, era deprimente, se eu fosse, quando voltava a depressão também baixava, chegava aqui aos prantos. E pensa que passou logo??? Foram dois anos com estas sensações, quando ia passar férias em casa, minha vontade era jogar tudo para o alto e ficar em lá, queria desistir! E só não fiz porque amigos e, especialmente, mainha não permitiram. (GRAÇAS A DEUS!)
Pois é, to contando tudo isto, para você ver que sobrevivi, consegui! E hoje estou muito melhor do eu ousaria imaginar: continuo amiga dos meus amigos da infância, do colégio e acrescentei a eles os da faculdade. Agora pense bem: E se eu tivesse desistido? Imagine aí quantas resenhas, quantas coisas bacanas eu teria deixado de viver? A começar eu nem poderia está aqui escrevendo isto para você porque a gente não teria se conhecido. Veja só que oportunidade eu teria perdido: Não teria você na minha vida!!!! E se eu, que sempre fui meio lesa, consegui, imagine você, que sempre foi tão desenrolado, inteligente, sociável... tu vai bombar aí em Brasília, é só questão de tempo.
Baby, lembre-se: certas oportunidades na nossa vida não surgem por acaso, algumas delas está diretamente ligada a nossa missão de vida. E o que seria de uma missão de vida se não tivesse um pouco de sofrimento, hein?
Te amo!
Rosa
Ooooooooow....... Cadu, depois de um comentário tão verdadeiro como o da Rosa, fico até tímida em escrever... Mas olhe, hj é o primeiro dia, sempre mais difícil mesmo! Se aperreie não, respire... pense nos seus, pense em Deus... PAZ NO SEU CORAÇÃO... e não esqueça: VC É GRAAAAANDE, ILUMINADO, GENEROSO... Como é q não vai dar tdo certo p vc?! Força... fé em Deus, fé na vida e fé em vc!!!
ResponderExcluirUm abração!!!!
eita menino....tá sendo difícil, mas a adaptação é assim mesmo, e sempre tem Maceió para voltar.
ResponderExcluirbjuu e força
Dani Cabraíba
Também passei por momentos muito difíceis, de mudança, de adaptação, assim que vim para Maceió e se te servir de conforto hoje eu bato o pé e daqui não saio mais!!! Tenha fé e mostre tudo o que você sabe fazer. O começo é sempre difícil, mas é esse começo que faz com que as pessoas se fortaleçam, reconheçam os entraves e aprendam a resolvê-los. O mais importante é pensar no amanhã e o seu amanhã, não tenho dúvida, será brilhante!!!! Beijo.
ResponderExcluirDesejo que os ponteiros passem depressa, que o coração acalme e que você fique bem e se acostume logo com toda essa mudança.
ResponderExcluirSucesso e força.
Beijo grande.
Polly Costa
Cadú querido, confesso que não li os post acima... E posso até repetir as várias palavras de carinho que recebeste, mas também quero dizer que não temas... Se o desafio chegou a ti é porque deves vivê-lo e consiguirá vencê-lo. És forte, corajoso, determinado e tudo na nossa vida é para conquistas maiores.
ResponderExcluirEstamos todos aqui com saudades de você viu! Mas também lhe esperando para comemorar as várias voltas. Tenho certeza que aqueles ainda mais próximos de ti sentem saudades neste momento, mas estão ao seu lado querido, rezendo e torcendo pelo seu sucesso.
Estarei sempre aqui lendo as suas aventuras e comemorando as suas conquistas.
Um beijo enorme e mantenha a cabeça de pé! Você vai conseguir...
Láyra Santa Rosa