Comentar é preciso. Há tempo uma questão me incomoda. O choque entre o velho e o novo, o tão citado choque de gerações é comum em qualquer profissão. E no jornalismo, não é diferente. Entretanto, o que me incomoda no fundo, no fundo. É como profissionais já talhados no mercado, medalhões do jornalismo cometem deslizes de focas. Pode ser puro relaxamento profissional, comodismo, sei lá. Mas é que aprendi desde pequeno que os mais velhos devem servir de exemplo...rsrsrs
Falta de compromisso, de tempo, ou seja lá o que for, não importa; o jornalismo não espera. A informação é presente e urgente. Só que a precisão é necessária sempre. O 100% é exigido no cotidiano, não vale o 99,9%. Essa exigência do perfeccionismo é o que o olhar crítico da sociedade pede. Nós tratamos com a vida do povo. É gente. Pessoas comuns dependem de nós. Uma informação equivocada pode mudar a vida de um cidadão. E é esse juramento sagrado que temos que ter em mente. Pensar em que lê, quem ouve e assiste nosso jornalismo. Pois o camarada que de confere a informação já passa ele pra um terceiro de outra maneira, então já pode saber como ela chega lá na frente.
Atenção não ruim pra ninguém. Zelo, paixão, amor pelo que se faz é o forma um profissional de qualidade. O talento é inato. A qualidade pode ser trabalhada, e melhorada, aperfeiçoada. Temos essa missão de melhorar todos os dias, e fazer sempre o melhor.
Os erros de português são apenas alguns dos poucos absurdos que presenciamos diariamente nos jornais e sites noticiosos. Até na própria telinha quando um repórter policial escorrega na concordância verbal dói no ouvido. É complicado. Geralmente esses profissionais não curtem ouvir de outro uma crítica, mas vale a pena chamar a atenção pro detalhe, nada de espalhafatoso, ser discreto é o segredo. "Num seria melhor assim...".
Não desejamos ser nenhum decano no jornalismo, eu muito menos, mas exigo daqueles que passaram pelas bancas de uma universidade, e aqueles, ainda mais, que carregam nas costas anos e anos de labuta jornalística, um senso de compromisso jornalístico-social.
Dá medo é de pensar como estará a profissão daqui a alguns anos. A nova safra é preocupante. Salvam-se poucos. Nada contra os medalhões, e muito menos contra os foquinhas. O que vale é o talento e o compromisso com a informação.
E os colunistas, cheios de neologismos e vaidades?
ResponderExcluirDifícil ver jornalista que se lembra da promessa que fez enquanto ainda era estudante...
Realmente, amiga, promessas servem para ser quebradas, ou esquecidas, pelo visto....ô povinho
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