terça-feira, 30 de novembro de 2010

O poder do sonho


Qual o parasita mais resistente? Um verme? Um vírus? Nãnaninánão....é uma ideia. O que é capaz de tirar uma ideia de sua cabeça? Quando temos algo firme conosco, um desejo, um objetivo, o que pode fazer você mudar de rumo? Nada. ou Quase nada. Uma ideia é resistente, forte e altamente contagiosa. Quando ela toma conta do cérebro sai de baixo...não tem pra ningém.

Uma ideia formada, criada, embasada, compreendida tem um poder descomunal, pois o ser humano age intuitivamente para alcançá-la. É isso que A Origem, de Christopher Nolan, tenta passar.

O filme é enigmático, assim como Batman - O Cavaleiro das Trevas. As coincidências entre os filmes continuam. A trilha sonora é idêntica a película do morcegão. O ritmo do filme, sua cronologia, os takes....muito legal. A ação de Nolan é sombria, assim como o personagem de Leonardo Di Caprio - que por sua vez atuou bem. Porém pra mim a atuação da pequena Ellen Page, roubou a cena.

Se você curte detalhes, charadas, diálogos que façam pensar...é isso que vai encontar em A Origem. Para muitos pode ser um filme complicado. Essa história de entrar e sair em sonhos pode soar viagem...mas tem sentido. Acho eu!!!!

De acordo com o filme, é durante os sonhos que nossas ideias estão mais sucetíveis. É nesse momento que nossos segredos mais íntimos podem ser descobertos. Já tentou conversar com um sonâmbulo? Pois pergunte a ele e ele dirá até o que ainda vai fazer. É durante o sono que nosso subconsciente ganha vida e força. Tente...

P.S.: detalhe - a bela Marion Cotillard voltou a encarar Edith Piaff,pois sua canção mais famosa 'Non, je ne regrette rien'está na trilha sonora de A Origem.

Faça hoje

A gente as vezes se pergunta pelo motivo de não ter feito coisas que gostaríamos ter feito. Por um motivo ou outro, seja tempo ou falta dele, acabamos deixando para amanhã o que deveríamos ter feito hoje. Um aperto de mão, um afago, um abraço, um beijo, ou até mesmo um sorriso amarelo, já serve.

Geralmente temos essa consciência que o bonde da vida já leva aquela oportunidade embora. Quando não temos lá aquela chance, o coração aperta e vem a pergunta:"Por que não fiz?". A resposta só você deve saber, e por isso mesmo nos cobramos. Questionamos nossas prioridades diárias, nossas metas, a correria diária que acaba tirando de nós a humanidade.

Quando perdemos um ente querido, um parente, um amigo, a dor chega inevitavelmente. Seja próximo ou distante, fica uma lacuna no coração. "Por qual motivo não pude ir visitar?", é meu questionamento. Outras centenas de perguntas se encaixariam agora. Entretanto, nenhuma delas traz a resposta como conforto, pesa mais como punição dentro do peito. É uma pena.

Não percam então as oportunidades de dizer que ama. Não espere para amanhã dizer que você é linda. Não há momento para se dar um abraço forte. Existe cotidianamente a necessidade de ser dar um sorriso pra alguém. Faça aquilo que tiver vontade, não espere. Para disseminar o amor não dose. Exagere. Abrace, beije, aperte, estenda a mão, acaricie, dê uma palavra de incentivo e amiga. Faz bem pra quem o faz e para quem a recebe.

Jamais deixe pra amanhã! Faça hoje.

Anjo torto


Quem eu sou? É uma pergunta que apenas eu sei a resposta. Os mais próximos de mim e aqueles que me conhecem desde minha tenra infância conhecem meu comportamento, como penso e como costumo agir. Nem tanto....

Confesso que mudei muito. Não sou mais aquele jovem sonhador que se magoava com a facilidade de uma flor, que dava a cara pra bater, apresentava seus sentimentos como se mostra uma revista numa banca. Como todo bom canceriano sempre fui sensível a mudanças de humor, mas antes era indefeso e me retraia.

Agora, depois de tantas bordoadas da vida, criei meu próprio castelo. Ergui uma fortaleza à prova de mal caratismo, falta de consideração e desrespeito. Minha tolerância zero aumentou de nível. Não sou de fazer média com ninguém, gosto das coisas limpas e na cara, sem demagogia ou subterfúgios. Fui mais pro ataque.

Máscaras para mim cairam, dispenso todas elas. Mas a minha secura não me torna uma pessoa do mal. E não o sou. Se hoje dou bordoadas, é por que algo me motivou. Atualmente sou movido a ação e a reação. A metralhadora giratória não faz meu estilo. Sou do revide. Atirador de elite. Não erro minha meta. Sei que isso não leva a lugar nenhum. Porém, justifico-me diante das causas. Não se enganem com minha carinha angelical...não mesmo.É o pior pecado do ser humano: subestimar.

Maquiavel não é meu livro de cabeceira. É na Arte da Guerra que tiro meus ensinamentos. Deveria ser na Bíblia, eu sei, mas entre ambas as obras, só não aprendo a ser político. Minha falha. Não sou de dar tapinhas. Sou de afagos para os merecedores.

Perdão? O perdão é divino, sei que não quero ser santo, mas é óbvio que perdoo. Sou humano, erro tanto quanto qualquer um. E admito quando acontece....pode acreditar!!!

Sou assim....de convivência difícil, coração mole, atitudes firmes, dentes cerrados, mãos estendidas para receber, ouvidos bem atentos, e braços abertos para abraçar....Maaaaaaasssss não pisem no meu calo!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Guerra na mídia e na favela


O Brasil ficou parado diante da telinha neste domingo. Quem não teve o interesse de ver aquelas imagens históricas? Todo brasileiro olhava com preocupação e entusiasmo, mas sempre tem a galera do contra. Aquela galera que sempre percebe algo diferente. É natural e bom ao mesmo tempo.

Na arena que é o twitter, podia-se ler dois tipos de comentários: os entusiasmados (senta a bala); e os pacifistas (não era necessário tudo isso). A linha era mais ou menos essa. Outros também criticavam o 'shownarlismo' que a Rede Globo e a Rede Record faziam. Ambas as emissoras transformaram a tomada do Complexo do Alemão como uma novela.

Minha humilde opinião é que as emissoras e todos os veículos de imprensa exploraram o tema de forma integral e extensa - como foi exigido o tema. Na quinta-feira, o Bope do Rio chamou de 'deserviço' a cobertura que as emissoras estavam fazendo. Entramos então num debate histórico. O que é notícia, e até onde ela pode ir.

Se era preciso o apoio da população para ajudar nas denúncias contra os traficantes, a mídia era a arma fundamental para tal. O acompanhamento das equipes das forças integradas de segurança nos morros com os tiros zunindo no ouvido, aí é problema e coragem de cada equipe de reportagem. A 'drena'grita na veia. É como se a informação nos chamasse a descubri-la. Muito empolgante.

Aí, na minha réles opinião a cobertura exaustiva é necessária quando há sim algo que se fale. Um detalhe inexplorado, uma informação nova, um ponto de vista diferente. Devemos ter o que falar...Encher linguiça não rola.

De todo modo, parabéns as emissoras, e claro as forças de segurança.

Por um Rio cheio de paz....

Linda garganta


De volta ao blog....quanta saudade, galerinha! Mas vamos lá....vim aqui pra dar uma sugestão de som: Millane Hora. Quando eu ouvia esse nome antigamente, não surtia tanto efeito quanto agora. A jovem cantora me deixou boquiaberto na abertura do show de Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra, em Maceió, em novembro. Ela surpreendeu.

Eu demorei a comentar o talento da moça pois tava procurando suas canções na web. Achei e adorei. Aconselho "Escuta" e "Sorte ou Revés".

Além de um rostinho bonito e um corpo de fazer inveja a muitas divas da música nacional, a moça tem talento de sobra. Postura de palco, gingado, sintonia com a banda, e uma voz poderosa. Millane chegou até a dividir um trio elétrico com Ivete Sangalo, em pleno carnaval baiano. Pode?

Ela permeiam sem fazer feio ao panteão dos grandes artistas alagoanos como Djavan. Exagero? Não. Quem a assistiu no palco pode confirmar seu talento e música. Não percam...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Desconfie

Fique com os dois pés atrás quando perceber alguém desdenhando algo ou alguém. Fique de olho em quem joga pedras demais na condição alheia...por fim! Se liguem....é que começou o processo de fritura de alguns secretários de Estado de Alagoas.

A primeira baixa é o secretário da Defesa Social, Paulo Rubim. O competente policial federal aposentado chegou e colocou ordem na bagunça. Na Defesa Social mandava quem tinha maior cacife. Políticos em geral mandavam e desmandavam ao bel prazer. Apenas com uma ligação era fulaninho fora do xadrez, ou com o mesmo telefonema era neguinho em cana.

Agora, é o secretário da Comunicação, o jornalista Nelson Ferreira. No setor ele é uma unanimidade. Tem espaço em todos os espaços. Respeitadíssimo pelos colegas de imprensa, sem contar que foi ele que arrumou a casa na Secom/AL, que por três anos ficou à mercê de outros interesses.

Os dois personagens acima são referências nos segmentos que representam. Rubim nem disse oficialmente que ia embora, mas deve de fato sair por motivos pessoais. Já Nelson, começaram aquelas notinhas sórdidas anônimas em sites por aí querendo sua cabeça.

A preocupação ronda a categoria jornalística pois ninguém deseja ver a Comunicação do Governo nas mãos de pessoas erradas. Com Ferreira existe a tranquilidade e a certeza de um trabalho honesto e sério, como foi sua conduta em toda sua carreira até então.

Estamos de olho....Lembram daquele ditado? Quem desdenha quer comprar...então.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Que nos abençoe....


Cada cidade brasileira tem lá seu padroeiro de devoção. A vocação do brasileiro para a fé cristã está no sangue. Porém, essa fé nas pequenas cidades nos grotões do país toma ares políticos desde o tempo colonial.

A praça central da cidade recebe o parque de diversão. A roda gigante fica em frente à igreja, o carrossel ao lado, os carrinhos bate-bate tomam o maior espaço. A criançada se acaba no pula-pula. Os bons de dedos exercitam a mira no tiro ao alvo. E ainda tem o bingo pra tentar a sorte.

Tem bolo, milho, doce, salgados, as guloseimas não faltam, assim como fel da política interiorana. E na boa e velha Satuba, não é diferente. O cenário é o mesmo...as aves de rapinas começam a mirar suas caças.

O candidato derrotado nas eleições de 2008, começou a se esbreirar pela cidade. Dizem que não perde nem festa de boneca, cumprimenta até defunto em caixão. O temido Cyro da Vera Cruz visita cada rua da cidade, mas congestiona todas elas, pois ele e seus seguranças armados até os dentes, intimidam até o chifrudo.

Por outro lado, os vereadores começam a mostrar suas asinhas. A vereadora Marleide já sondou seu nome na boca do povo. O mesmo fez Paulo Acioly, um dos mais antigos vereadores da cidade. Mas me parece que até agora, a tradicional família Acioly está saindo na frente na preferência do eleitorado.

Por fora ainda tem o vereador de primeira viagem Jr. Andrade, que ainda não disse pra que veio. Porém, com o apoio de seu pai, Everaldo Andrade - ex-vereador por diversos mandatos e derrotado nas urnas para o ex-prefeito Adalberon de Morais - ele está de olho na cadeira ocupada pelo desastroso prefeito Titor.

O povo de Satuba está cansado de falsas promessas e simulações de salvadores da pátria. Particularmente não quero um pistoleiro sentado na cadeira de prefeito, muito menos aventureiros políticos. Desejo o melhor pra minha terra...

Que surja alguém logo....avia gente, avia....a Festa da Padroeira vai terminar....que Nossa Senhora da Guia nos abençoe!!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Apoteose


A passagem pelo eterno beatle Paul McCartney está sendo como um meteoro, deixando marcas. A simpatia do sujeito deixou muita banda que se acha famosa, no chinelo. Sir Paul foi mais que um cavalheiro e um puta de um gente boa. Quem gostava, passou a venerar ainda mais...

Não apenas pelo fato dele ter se esforçado para agradar os brasileiros e falar algumas palavras em português. Gesto legal, pior é se ele tivesse falado em espanhol. Ele está em excelente forma física. Já as canções, nem comento....

Neste momento, ele volta a se apresentar no Morumbi...mesmo debaixo de chuva, ele continua pondo fogo e fazendo todo mundo dançar.

domingo, 21 de novembro de 2010

Louvados sejam nossos jornalistas

Congratulações e saudações aos ganhadores do Prêmio Braskem de Jornalismo. Lelo Macena, Carla Cerquera, Thiago Correia, Vitor Melo, e aos demais feras que tiveram seu brilho avantajado na noite do sábado, 20. Louvores merecidos, pois fazer jornalismo não é apenas receber e cumprir pauta. É muito mais que isso.

A cada pessoa que subi ao púlpito falar de sua emoção em receber o prêmio, era nítido o brilho no olhar, marejado pela emoção, mas esfusiantes pelo reconhecimento. Não é todo dia que recebemos um feedback de nosso trabalho.

Jornalismo é um sacerdócio, é um ofício, não um emprego. Não é ocupação. Não faça ou vise o jornalismo para enriquecer, pois assim você está ferrado. Reconhecemos que não temos condições de trabalho à contento, recebemos mal, somos escrachados, ninguém gosta de nós, pois sabem que podemos acabar com a vida de alguém por meio de apenas uma pergunta não respondida claramente.

Ser jornalista é buscar, pensar, imaginar, criar e desenrolar. Explicar, correr, atender, acudir, cobrar, denunciar, amar, amar, e amar. É uma profissão que exige mais do que nunca isso, amor. Devemos pensar sempre nos mais necessitados, naqueles que mais precisam e dependem da informação.

A cerimônia de ontem serviu para, claro, fofocar bastante, saber das novidades das redações e afins, rever amigos, mais do que uma simples confraternização da mídia alagoana, mas um evento onde fortalecemos nossa categoria, reciclamos nosso amor pelo jornalismo e nos congratulamos com os melhores do ano.

É onde os estagiários sonham acordados. Assim como eles, me via muito recebendo prêmio e tudo mais. Tais sonhos são movidos a muito trabalho e são incentivos como esses que desejo que nossa categoria mude para melhor sempre. Apurem mais, leiam mais, estudem mais. Vejam mais gramática, por favor......aff. Eu imploro, por favor mesmo....

Com as bençãos dos orixás...


O dia começou cedo, por que saberia que seria bem longo e movimentado - como foi. Por vontade própria e compromisso com meu trabalho de jornalista, tinha a necessidade de retornar às pautas, matérias e sentir o cheiro da rua, conversar com os colegas e escrever, escrever não apenas no blog, mas escrever. Os próximos posts vão dizer o que rolou neste 20 de novembro.

Bem, pra começar, os batuques da Serra da Barriga eram a minha pauta do dia. Fazer a cobertura das festividades no solo sagrado afro. Era onde o líder negro Zumbi entrou para a história. Que pra mim é balela! Até já escrevi aqui no blog sobre isso.

O Quilombo dos Palmares foi um núcleo de resistência, mas ao seu modo, mas particularmente creio que o principal motivo de sua queda foi o econômico. Não tenho provas, não sou historiador, mas acredito que já que o quilombo abrigava escravos fugidos e por tabela existia um comércio interno, o quilombo crescia e ameaçava o poderio dos senhores de engenho. É uma teoria apenas, uma teoria minha, e logicamente pode estar errada, porém, essa de Zumbi retratado como o bonzinho, pra mim não cola.

Voltando à minha pauta. Eu já tinha feito outras coberturas desta mesma festa. Mas este ano impressionei-me com a fé do povo. Isso mesmo, fé! Pois subir aquela serra num calor causticante, à pé, num sábado. Putz...tem que haver algo a mais no que acreditar do que apenas pura vontade.

Lá chegando, a alegria e o branco tomavam conta. Mais gente de branco você só veria num réveillon na praia ou em congresso de dentista ou pai de santo. Gente demais. A cada cantinho tinha uma roda de capoeira e outra roda de 'pôrra-louca'. Aquela galera que só subia a serra pra puxar um baseado e dizer que era hasta, mas enfim...

Guloseimas, calor, muita água e o gingado negro contagiavam. Adorei, ahhh, e ainda tinha o visual da Serra da Barriga, que mar verde você avistava...vale a pena conferir, não apenas no Dia da Consciência Negra.

Lá tinha de tudo, padre, pastor, e claro os representantes das religiões de matriz africana. Conversei com o Pai Célio, um das maiores representações afro de Alagoas, e ele me chamou a atenção para uma coisa. "Hoje podemos alcançar algo além do respeito", disse. Pois é inegável o respeito que as religiões desta natureza ganharam espaço, e hoje já aceitamos e respeitamos.

Axé...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Segundo round

Segundo round: Teotonio Vilela Filho e Lula se encontram nesta sexta-feira, 19, na inauguração do Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro.

Ainda nesta quinta-feira, a Justiça Federal afirmou que a liberação de licenciamento para a instalação do Estaleiro Eisa Alagoas por parte do IMA, só seria possível com um documento oficial assinado pelo Ibama.

Teotonio Vilela e Germain Efromovich vão certamente sentar para conversar o destino deste investimento tão importante para Alagoas. E logicamente vão perguntar: "E aí, Lula, o que tá rolando?"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Zumbi, o senhor dos escravos


Já estamos vivendo as comemorações do Dia da Consciência Negra – dia 20. É nesse período que lembramos do estoicismo do líder negro Zumbi dos Palmares. Ele que lutou e morreu defendendo o Quilombo dos Palmares – maior núcleo de resistência negra no Brasil escravista. Dizem que foi um dos primeiros clamores de independência no país.

Palmares era o polo de resistência ao julgo português, onde escravos fugidos iam para também serem escravizados ou para escravizar. Isso mesmo, pasmem. Escravizados e para escravizar.

O Quilombo dos Palmares, como qualquer outro quilombo era fundamentado na estrutura social africana, dos povos africanos. A massacrante maioria dos reinos africanos era baseada na exploração do próximo. Eram monarquias escravistas, onde presos de guerras entre tribos, transformavam-se em escravos. Muitos príncipes, rainhas, reis, nobres das cortes africanas vinham nos navios negreiros traficados como escravos.

O próprio Zumbi, que não era lá bom moço, mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçosamente no Quilombo dos Palmares. O rei da cocada preta ainda seqüestrava mulheres, e executava sumariamente os que quisessem fugir do quilombo. Tal relato está no livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch (editora Leya).

Heresia? Bem, é só fazer uma referência histórica. Quem tinha poder do século XVII tinha escravos, sobretudo quem era líder de algum povo de influência africana. E outra, os ideais abolicionistas só vieram florescer mundo à fora um século e meio depois, e na Europa.

Os relatos de época comprovam que o quilombo era de fato como um povoado afro: uma hierarquia rígida de reis e servos. E o pior, Ganga Zumba e seu sobrinho Zumbi eram descendentes dos imbagalas, os ‘senhores da guerra’, da África Centro-Ocidental. Eles eram guerreiros temidos no continente. E os preceitos eram: bravura na guerra, lealdade total ao líder militar e desprezo as relações de parentesco. Daí pode-se listar a prática de canibalismo e infanticídio, por exemplo.

E não termina por aí, o quilombo cobrava impostos das plantações dos arredores. Mantimentos, dinheiro e armas eram entres para evitar saques e queimadas. E mais, quem foi educado nos anos de 1980 até 1990, eu diria até os anos 2000, conheceu um Zumbi marxista. O idealista, o desafiador e o lutador de classes. Porém, até o momento nenhuma prova comprova isso.

Alguns autores dos anos de abertura e pós-ditadura, queria criar ícones nacionais como Tiradentes. Atribuíram então ao líder negro uma criação intelectual na cidade de Porto Calvo, onde um padre o tinha criado e ensinado o latim e ideiais liberais. Tal educação era relatada em supostas cartas trocadas entre o padre de Porto Calvo e Lisboa. Os autores brasileiros foram questionados pelas cartas e necas....o dito pelo não dito...o sanguinário Zumbi virou herói nacional.

domingo, 14 de novembro de 2010

A República de Deodoro....não foi bem assim


A história da Proclamação da República que conhecemos não é tão linda como todos pensam. Quem estudou o Ensino Médio no início dos anos 90 conheceu uma versão muito romântica. Vamos juntar alguns fragmentos.

Manuel Francisco Deodoro da Fonseca cresceu num meio monarquista, ideias monarquistas, seu pai era membro do Partido Conservador - monarquista até as tampas. Seus irmãos, dos sete irmãos, três morreram na Guerra do Paraguai. Eles foram alistados dentro do programa Voluntários pela Pátria - onde o governo brasileiro arregimentou brasileiros para lutar no Prata.

Deodoro tinha uma relação cordial com o imperador Dom Pedro II. Com a simpatia do imperador, Deodoro foi também presidente da província de Mato Grosso, foi governador da Bahia e comandante das armas das províncias da Bahia e Pará. O primeiro presidente do país não teve filhos, mas criou seu sobrinho Hermes da Fonseca (8º presidente do Brasil), como tal.

Mas voltando, Deodoro da Fonseca se tornara em meados de 1887, a maior representação militar brasileira. Sendo respeitado e admirado pelas Forças Armadas de então. Tanto é que nas derradeiras eleições antes da proclamação, em agosto de 1889, apenas três deputados republicans foram eleitos (Campos Salles e Prudente de Morais, ambos seriam eleitos presidentes anos depois).

Foi então que os republicanos começaram a planejar um golpe militar. Os republicanos começaram a listar os gastos financeiros do Império, os prejuízos. E a Guerra do Paraguai contribuiu com isso, não com o que aprendemos no colégio, dizendo que os soldados e oficiais brasileiros em contato com os colegas argentinos e uruguaios foram embebecidos pelas repúblicas vizinhas. Nada disso...o forte mesmo foi o calote que o governo imperial deu nos donos de escravos. O Império pegou escravos emprestados e não pagou. Isso emputeceu a classe econômica dominante.

Agora vemos como um boato pode definir destinos. Foi espalhada a notícia que o primeiro ministro brasileiro Visconde de Ouro Preto tinha pedido a prisão de Deodoro da Fonseca. História, claro!!! Quando tal notícia chegou aos ouvidos do marechal, mesmo adoentado, pegou sua espada e convocou suas tropas para marchar no Campo da Aclamação, no Rio de Janeiro.

Já muito puto, Deodoro invade o Quartel General do Exército, e pede a prisão do primeiro-ministro, dando sem querer um golpe militar. Tanto é que, sabedores dos planos republicanos, os ministros do Império pediram demissão pouco tempo antes da proclamação. Na sacada ainda, o enganado Deodoro gritou: "Viva a sua majestade, o imperador!". Cômico, né...rsrsr

Dom Pedro II, desembarcando no Rio de Janeiro, soube da história e convocou reunião com o Conselho do Estado. Um novo ministério foi formado. Aí...os republicanos, espertos como eles só. Foram correndo levar a notícia falsa a Deodoro e disseram que logo quem ia assumir.....claro....Gaspar Silveira Martins...óbvio. Os republicanos disseram que o cargo de primeiro ministro seria ocupado por um inimigo fidigal de Deodoro. Gaspar tinha disputado o amor de uma mulher com o marechal...rsrsrs! Só no Brasil mesmo...afff

Aí, as 15h, do dia 15 de novembro de 1889, é lavrada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro a declaração de Proclamação da República....foi então que o bom velhinho Pedrão aceitou a decisão e a insistência dos fofoqueiros republicanos.

Comunicação & Resultados


Ainda falando sobre a comunicação social, não poderíamos deixar de continuar comentando o post do jornalista Antonio Carlos Teixeira, no Observatório da Imprensa. A gestão do renomado Franklin Martins foi decepcionante. Isso por que, segundo Teixeira, Martins serviu apenas para distribuir os acordos publicitários por aí.

O artigo é bem enfático e enfatiza que a gestão Franklin Martins à frente da Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto (Secom) foi desastrosa. As assessorias ministeriais ficaram isoladas, sem uma coordenação sensata e coordenada. Além da exacerbada utilização da terceirização dos serviços de comunicação. Sem justificativa. Cada ministério, no mínimo tem cinco ou seis assessores de comunicação. Cada um ganha em média entre R$ 7 mil à R$ 12 mil. Com ajuda ainda de auxílio-moradia e demais benefícios. Sonho de todo profissional do ramo em qualquer entidade da federação.

Em Alagoas, as pretensões são bem diferentes. Como o cargo de assessor de imprensa não é algo regulamentado, o Sindicato dos Jornalistas não pode defender uma remuneração justa e melhores condições de trabalho. Projeto há! Falta a execução. Nelson Ferreira, o atual titular da pasta da Comunicação em Alagoas, sempre pretendeu melhorar a situação dos colegas jornalistas.

Ao chegar no comando da Secom/AL, Ferreira quis conhecer como funciona o complexo organograma da comunicação no governo. Entre assessorias de secretarias, e demais órgãos ligados ao Estado, a situação era crítica. Profissionais foram chamados para um 'pé de orelha'. Reuniões, conversas, além do diário contato com a Redação da Secom/AL, fez o trabalho melhorar, e o governo apareceu.

Antes da chegada de Nelson Ferreira a aprovação do governo era de pouco menos de 40%, atualmente o governo de Alagoas ostenta seus quase 76%. Fato esse que levou o governador à reeleição. Em situações, decisões, modos e panoramas distintos, Franklin Martins e Nelson Ferreira conseguiram eleger seus chefes e o governo está bem na fita.

Respeito e admiro o texto do colega Antonio Carlos Teixeira, assino embaixo de tudo. Entretanto, reconheço que a prática e a realidade de um plano de comunicação estão bem distantes. Existe um abismo que não sei quando iremos aproximar tais realidades. Torço por isso...

P.S.: Só não poderia deixar de comentar sobre os profissionais da Secom presidencial é a arrogância que eles chegam em lugares fora do Distrito Federal. Os 'colegas' criam barreiras dificuldades, não usam jogo de cintura, são pouco acessíveis, além de pouco profissionais. Fiz coberturas do presidente Lula por 4 vezes em Alagoas, além de outros encontros pelo Nordeste. E a realidade não muda. O cerimonial da Presidência trata todos como 'inferiores'. Isso é fato! Perdoe, caros colegas....mas ao invés de facilitar, atrapalham muito mais...será que Dilma dará jeito nisso?

sábado, 13 de novembro de 2010

Dá vontade....


Ai ai ai o amor.....ai de nós se não fosse o amor. É aquela sensação que nos deixa bôbo. Abestalhados pelo ébrio maior dos sentimentos. Foi inevitável gente....assistindo a série global Clandestinos reconheci aquele sentimento narrado pelos dois personagens de destaque do capítulo da quinta-feira, 11.

Não precisamos rotular esse sentimento. Ele deve ser apenas sentido. Muitos chamam de amor, paixão, desejo, querer, bem-querer, o que seja, o que vale mesmo é você sentir-se bem ao lado de alguém. É sentir o suspirar daquela pessoa. Desejar a simples divisão de ar com ela. Almejar seu toque. Não pensar no que seja certo ou impróprio.

O sentimento não vê a classe social, se é feio ou bonito, grande, largo, gordo, pequeno, estúpido ou inteligente. A pele chama. O corpo. O tempo pode até levar o pouco que sentimos de pele. Mas também de que vale o tempo? A real é saborear os sentimentos gostosos que a vida nos oportuniza.

Corra atrás, fale o que der na telha, não se apegue a joguinhos de conquista. Seja verdadeiro, autêntico, você. Não mude para agradar, agrade a si. Goze. Promova o prazer. Seja amável, gentil, faça amor, trepe, mas proporcione prazer. Seja legal, ora....

Viva a vida. Curte a lua, as estrelas, o mar e o sol. Faça valer a pena. Arrisque-se. Deixe que esse sangue que corre em suas veias ter um sentido, um motivo, uma causa, uma finalidade.

Ai ai ai ai ai, o amor, o doce amor....

Até onde vai a comunicação de governo?


O artigo do jornalista Antonio Carlos Teixeira, no site do Observatório da Imprensa, postado no dia 9 de novembro, levantou um assunto que pouco aparece na mídia como um todo: A comunicação de governo. Não se pode conceber atualmente um governo sem tal estratégia. Abrindo espaço aqui, ali, acolá, aos trancos e barrancos uma comunicação mal feita custa muito ao cidadão, além de sobrar também para o gestor-assessorado em si.

A Comunicação Social deve ser encarada como política pública sim, onde o cidadão tem o direito de saber o que está acontecendo em seu município, estado ou país. As ações, medidas, iniciativas, benefícios enfim, a utilidade pública deve ser passada de forma transparente e objetiva. A imprensa chapa branca, como dizem, deve fazer valer seu trabalho.

Em todo governo, seja municipal ao federal, o setor de comunicação é altamente cobiçado pelos valores que envolvem as verbas publicitárias. Rádios, jornais, sites, Tvs, revistas, e demais grupos de comunicação ficam de olho arregalado nas sifras institucionais.

Nos municípios alagoanos pelo menos a comunicação social se resume a colunismo social. Prefeitos só são simpáticos em aparecer em foto de festa de Emancipação Política ou doando peixe na Semana Santa. Quando não são pegos em alguma operação da Polícia Federal. Aí os gestores ganham mídia espotânea nas páginas policiais dos jornais.

É preciso se repensar? É óbvio que sim. No Estado, não é muito diferente. Algo positivo que se faz só ganha as telas dos sites e as manchetes dos periódicos, quando se paga. Normal. Por que como dizem, fazer uma gestão pública legal é obrigação. Que seja. Porém, nem a utilidade pública tem seu espaço.

Deve-se ocupar as rádios do interior. Disseminar a informação para os que menos favorecidos tenham acesso à ela, são eles que mais precisam dessa informação. Montar um plano de comunicação para fazer a máquina andar é o desafio de todos os gestores da comunicação. Mas não há negócio diante de uma 'cartolagem de comunicação' salafrária e mercantilista.

"Só divulgamos as ações do Estado se eles pagarem", "olhe, temos essa denúncia, caso não pague tanto, divulgamos". O diálogo é bem por aí mesmo. A mentalidade de ambos os lados deve mudar. Mas não será hoje ou amanhã. A maturidade de comunicação só mudará quando o setor empresarial da mídia for profissionalizado. Mas creio que nem isso, pois onde há interesses, dinheiro e destinos em jogo, Deus não manda.

A romaria em busca de apoio já começou nos corredores da Secretaria de Estado da Comunicação de Alagoas (Secom/AL). Todo mundo quer um pouco da fatia do bolo. Até por que não se mantém um veículo de comunicação em Alagoas sem o apoio do Estado. Até os meios de comunicação da oposição precisam da banca estatal.

E agora, quais os destinos da comunicação de governo para os próximos quatro anos? Isso é tema para outros posts....

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fale a verdade...rsrsrrs. Admita!


Calhordas, cafagestes, cretinos e sádicos. Podem dar o nome que quiser. Não faltam adjetivos para aquele tipo de figura que toda mulher adora e não se cansa de cair na lábia. Inspirado pelo excelente blog Feitos Cães e Gatos, esse post é dedicado a inevitável e incansável prática da canalhice alheia.

Atire o primeiro tijolo quem nunca cometeu uma cretinice na vida. Aquela safadeza que você esconde até de sua sombra...puxe pela memória. Até você que ao ler a última frase disse: "Eeeeeeuuuuu???????", é você mesmo. Nem que tivesse a cometido no pensamento, mas apenas o ato de planejar, pensar, desejar, já é um bom começo.

Os adjetivos escritos acima são comuns de dois gêneros. Homens e mulheres podem atender a tais designações. Você já namorou com o pé na escada, disse que ia pra um lugar e foi a outro? Olho meio que de lado pra mulher bonita ou pro barbadinho passando?

Cada postura dessas ou tantas outras que a sociedade encare como não conveniente, todos nós podemos crucificar ou recriminar, mas no fundo de nosso âmago reprimido, gostamos mesmo é do proibido, do difícil, do "não pode". É do ser humano parece...que coisa. É inexplicável.

São poucas as mulheres que admitem na cara limpa que curtem um sexo de quatro. Menos ainda o homem que admite que venera a liberdade da solteirice. Assim os machos podem mentir, ludibriar, enganar e beijar muuuuuiiiittttooooo. Mulher curte homem que pega forte em seu cabelo, puxa com jeito e força, pega de jeito. A boa e velha pegada. Já o camarada ama uma menina que faz aquele jogo duro, dá uma de difícil, jogo duro - mas não esquece de dar migalhas pra sujeito não desistir - ou até mesmo umas cedidas pra criar fidelidade...

Nesse jogo de esconde-esconde, vamos vivendo e levando a vida. Mas destaco que qualquer semelhança é mera coincidência.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Isso se chama de pirraça


Estamos entrando na segunda quinzena de novembro e para muitos o pleito de 2010 não fechou suas portas. Candidatos derrotados com orgulho e o bolso feridos buscam de mil maneiras se vingar e jogar seu insucesso no alheio.

Mas o que acho mais nefasto é querer usar o poder adquirido ou reestabelecido para prejudicar pessoas. É quase que desumano descontar em terceiros o motivo de sua derrocada. Embuídos deste sentimento que em reunião em Brasília-DF, os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor, o deputado federal Augusto Farias, o deputado federal eleito João Lyra, e o candidato ao governo de Alagoas derrotado Ronaldo Lessa maquinavam um modo de tirar o Estaleiro Eisa Alagoas da Terra Caeté.

A informação foi noticiada pelo jornalista Ricardo Mota em seu programa de rádio - Pajuçara 12h10 - nesta quinta-feira, 11. Se eles estavam reunidos por outro motivo...enfim, não se sabe, mas coisa boa não deve ter sido. Até a possibilidade de tirar o governador Teotonio Vilela Filho de seu cargo foi ventilada na reunião.

A acusação, segundo eles, é a compra de votos no dia das eleições. A missão deles é provar tal afirmação. Pois certamente na sala que estavam reunidos, a compra de votos é assunto recorrente...ou não?

Até nos municípios os reflexos das eleições é presente. Houve uma demissão em massa de funcionários comissionados em quase todos os municípios alagoanos. Quem não votou nos candidatos do chefe do Executivo municipal ganhou o caminho da rua. Não sabem eles que 2012 está batendo à porta e os prefeitos 'esquentadinhos' vão precisar destes votos perdidos.

E a vida é assim gente, nem bem terminou 2010 e já estamos pensando em 2012. Tem gente já coçando a cabeça pra 2014...rsrsrs

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amizade além dos tempos...

Fazendo ontem o post sobre a Vaqueja de Pilar, vi-me mergulhado em memórias incríveis. É gente se conformem, as memórias por vezes ocupam maior parte de nosso dia. Mas podem admitir o prazer de rir sozinho e reviver momentos legais com amigos de verdade. E é mais ou menos isso que venho contar hoje. Laços de amizade inquebráveis.

"Turma Mulher Até Umas Horas" é assim que aproximadamente 20 meninas da cidade de Pilar se autoentitularam. O tal grupo exista há 15 anos, e minha história bateu com a delas mais ou menos assim. Certo dia meu ônibus quebrou, e peguei outro. Bendito dia...foi então que no sentei no fundão e lá já tinha um punhado de cinco meninas.

Algumas das moçoilas - Isabela e Rousi - começaram a tirar onda comigo. Mas até que gostei, e dessa brincadeira surgiu uma grande amizade que dura até hoje com todo o grupo. Muitas casaram, separaram, hoje tem filhos e filhas que já fazem a segunda geração da turma, devido a forte e presente amizade das mães.

E não se engane, as garotas são espertas. Organizam festas, shows e demais movimentos na cidade de Pilar. Sem contar que são excelentes companheiras de copo...afff.....porres homéricos com elas....

Valeu amigas....muita saudade!

P.S.: Só não publico fotos por que serei duramente castigado por elas...rsrsrs

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não negue


Vi em algum lugar que a negação funciona como um pára-quedas depois de notícias inesperadas e chocantes. Você pode até não acreditar, não entender, não aceitar. Mas não podemos impedir o andamento das coisas, e como forma de defesa 'negamos'. Sonegamos a verdade em nome de sei lá o que, mas simplesmente tentamos inventar uma realidade alternativa para podermos entender esse simulacro fantasioso, que nos apresenta como fato.

Negar que o futuro é incerto, que o céu é azul, que eu sou você amanhã, que meu eu não bati com a sua cara....enfim...o que for. Diariamente nos deparamos com irrelutantes fatos, mas por um motivo bôbo, os desconhecemos. Ignoramos para não manchar nossa ideia de verdade. Mas aí vem aquele bizu de meu ex-professor da Teoria da Comunicação. "O que é verdade pra você?", "A sua verdade pode não ser a minha verdade", e por aí vai. Concordo com ele.

Cada um tem sua imagem de mundo e ninguém tem nada com isso. E assim tentamos negar ou fugir de nossos fantasmas reais. Cada vez que encaramos tais verdades, tentando dizer:"É isso mesmo?", caímos literalmente na real. Ou melhor, a realidade cai em nosso colo. Levamos um tapa na cara com luva, não de pelica, mas de chumbo. E dói, dói, muito. O bastante para deixar cicatriz. Para que sempre ao recordarmos instantes semelhantes podemos tirar de nosso backup a lição que assimilamos.

Moral da história: Encare os fatos...aceite, não negue.

Tá chegando a hora


Basta chegar novembro que a vaqueirama inteira e afins ficam num só expectativa. A finalíssima do circuito de vaquejada alagoano deixa todo mundo de olho na Vaqueja do Parque Arthur Filho, em Pilar. Não apenas pela disputa, pelos bois, prêmios e tudo mais. Os shows e todo o circo que envolve o certame fascina até os que não curtem o esporte tipicamente nordestino.

Nos dias 16, 17, 18 e 19 de dezembro, os vaqueiros de toda região vão marcar confronto na pista. Ganha quem estiver em cima do cavalo na corrida de última senha. Isso depois de derrubar o maior número de bois na faixa.

Por ser bem próxima da capital, a vaqueja atrai um grande público. Muitos vão apenas pela farra em geral. Funciona assim. É um monte de vaqueiros endinheirados atrás de boi; só que as patricinhas vão em busca desses brucutus, de olho nas carteiras e pajeros full; por outro lado os garotões que nem curtem forró ou participam da competição vão em busca das meninas que sobram por lá.

Calma, calma, tem gente logicamente que vai ver apenas os shows, só isso. Azarar, flertar e beijar na boca.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O paraíso é aqui


Para variar um pouco, deixei o litoral Norte de lado no último fim de semana fui pras bandas do litoral Sul alagoano. Minha companheira, Heverlane, dividiu comigo a experiência de desbravar uma região que ando muito pouco.

O destino foi Dunas de Marapé, no município de Jequiá da Praia. E dou aqui um testemunho para vcs, não planejem viagens. Se virem...gente, girem o dedo no mapa e sigam o destino. É bom demais seguir o acaso. E foi assim que conseguimos chegar no pequeno vilarejo de 500 habitantes, movimento pelo turismo.

O lugar é tão pequeno que é tudo de um dono só. Pousada, barcos, negócios, lanchonetes...Entretanto, é um paraíso ainda paradoxal. Pois o vilarejo em si não tem quase nada, mas a estrutura turística é altamente organizada. Digo por que o complexo turístico Dunas de Marapé, é encrostado numa reserva federal de mangue. A fiscalização, dizem os nativos, é frequente e muito rígida.

E esse contato com a natureza bruta é que dá a beleza fascinante do lugar. O encontro do Rio Jequiá com o mar é um espetáculo isolado. As areias brancas duelam com o mar na cor. O azul indefinido da água confunde. São quilômetros de areia, quase desabitados.

Em meio a tanta beleza, tenho que registrar com tristeza o comércio do turismo. Lá, assim como em outros pontos turísticos, se você não faz parte de uma excursão você é descriminado. Digo por que procuramos os passeios de quadriciclos, amplamente divulgados em folders e tudo mais, e só por que no dia que fui não tinha aqueles numerosos ônibus, o passeio foi suspenso. Pense num ódio...

Mas fica a sugestão...Dunas de Marapé!

Descobrindo Julieta Venegas


Despretenciosamente estava eu trocando de canais, e parei no VH1. Uma voz me chamou a atenção. Uma menina de jeito latino, voz rouca, bailava pra lá e pra cá, deixou-me curioso. Decidi parar e ouvir. A canção era "Eres por mí", do acústico MTV que a moça tinha gravado.

Cara....adorei! Foi assim que conheci Julieta Venegas. Apesar da aparência, ela é californiana, mas sua origem latina grita, já que a moça cresceu mesmo em Tijuana, no México. Tanto que já foi premiada pelo Grammy Latino por duas vezes. Já acumulando, por alto, 6,5 milhões de discos vendidos pelo mundo.

A música de Julieta Venegas é dançante e ao mesmo tempo dá vontade de sentar e ficar balançando a cabeça pra lá e pra cá. É um rock latino bem ao estilo de nossas bandas brasileiras. Bem embalada, ela mistura ritmos e diversos compositores latinos. Vale a pena!

Ela já gravou com Lenine e Marisa Monte, e para conhecer melhor o som da moça confiram o acústico dela produzido pela MTV. Som legal de se ouvir...

Aí depois vocês me dizem se essa moça da foto num é uma fofa...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Lembrai o 5 de novembro, lembrai...


Os ingleses comemoram nesta sexta-feira, 5, a Noite das Fogueiras, ou simplesmente o Dia de Guy Fawkes. Guardando comparações, a data se assemelha do Dia de Tiradentes para nós brasileiros. Pode até ser uma gafe histórica, mas vejam só.

Fawkes era um soldado católico, especialista em bombas. Participou ativamente da Conspiração da Pólvora, que visava matar o Rei Jaime I (protestante), explodindo todo o parlamento britânico numa sessão ordinária dos lordes.

Assim como o álferes brasileiro, Fawkes foi preso, torturado e enforcado pela Coroa Britânica. Tudo bem que o movimento de Tiradentes era libertário, assim como o do explosivo Fawkes, porém a briga religiosa é que apimenta a história na ilha da rainha.

Quem não se lembra, a lenda de Guy Fawkes ganhou o mundo com o gibi V de Vendetta, de Alan Moore e David Lloyd. Assim como o filme V de Vingança, que estreou mundialmente no dia 5 de novembro de 2005. Particularmente, adorei o filme pelo caricato personagem vivido por Hugo Weaving (O sr. Smith da trilogia Matrix).

No longa, o protagonista é um forte adepto de aliterações. O texto do filme é ótimo. Quase todo em metalinguística. Muito bom. Quem não viu ainda, assista.

"Lembrai, lembrai, o cinco de novembro
A pólvora, a traição e o ardil;
Não sei de uma razão para a traição da pólvora
Ser algum dia esquecida "

P.S.: uma curiosidade. No filme V de Vingança (2005), o facista Adam Sutler é vivido pelo ator Jonh Hurt. Já no longa Enigmas de um crime, o mesmo Jonh Hurt se veste de Fawkes na tradicional comemoração inglesa. Um dia da caça...

Eu tinha que publicar esse e-mail...

Por José Barbosa Júnior

A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.

Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.

Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.

Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.

E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!

Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?

Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.

Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…

Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…

E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…

Ah! Nordestinos…

Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!

Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cartas para o destino


Juro que foi pura coincidência. Após ter assistido "Amor em Tempos de Coléra", nesta segunda-feira, véspera de feriado, assisti outro longa sentimentalóide. Não que não goste, adoro filme romântico, ora....admito que faço parte de uma espécie em extinção, mas enfim. Vamos ao que interessa.

"Cartas para Julieta" traz pra tela mais um filme estrelado pela bela Amanda Seyfried - a mesma gatinha de Mamma Mia! e Meu querido John. Desta vez, a loirinha dos grandes olhos verdes dá uma de 'corta-jaca'. Bem, pra quem não sabe, a expressão se refere ao que o bom e velho cupido tá acostumadíssimo a fazer.

Após conhecer os serviços das secretárias de Julieta, de Verona, Itália, a moçoila se depara com uma história daquelas. Ela encontra uma carta que não chegou ao seu destino há 50 anos. Não satisfeita em conhecer a história, ela vai atrás do casal Claire e Lorenzo. Nem precisa, a Claire, já velhinha, vem toda ouriçada em busca de seu "Romeo".

Começa então uma caçada romântica à procura de Lorenzo. E pelo que ficou nítido no filme o nome é como José no Brasil - Todo canto tem, pensa na canseira em achar a figura.

O filme acaba levantando uma discussão que nos deparamos todos os dias.... o incômodo "e se"....putz. Como é chato quando esses dois vocábulos se unem. Quando você pensa num "e se" um mundo de oportunidades ou chances desperdiçadas. Nossas vidas poderiam ser outras.

"E se eu tivesse ido", "E se eu não tivesse dito não", "E se...", "E se...". Pois é gente, um absurdo de chances que perdemos pensando bobagens. Revendo, pesando, considerando se é certo ou não. Claro, não vamos deixar a razão de lado, mas por vezes, a razão atrapalha tanto. É aquele velho deixar pra depois...ai ai ai ai, como isso é perigoso. Por favor, rezem para que não façam essa refelxão num futuro próximo...não percam oportunidade...lutem, não deixem a peteca cair.

Ahhhh o filme...., assistam gente. Todos sabemos como terminam esses tipos de filmes, mas o legal mesmo é ver como se desenrola. E outra...não espere 50 anos pra....

O resto só vendo o filme