segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Comprometidos, cuidado!!!!


O portal G1 de notícias publicou, na quarta-feira, 26, o resultado de uma pesquisa que no mínimo causa polêmica. Bem, parece aqueles estudos de um povo que não tem lá muito o que fazer, mas vale comentar.

Segundo pesquisa americana, 90% das mulheres solteiras sentem atração por homens comprometidos. O relatório foi publicado no Journal of Experimental Social Psychology pelas psicólogas sociais, Melissa Burkley e Jéssica Parker, da Oklahoma State University.

Elas partiram do pressuposto daquela velha máxima feminina que diz: “homem bom já tem dona”. Os testes reuniram homens e mulheres, solteiros e compromissados. Foi apresentada a cada pessoa, uma foto de uma pessoa atraente do sexo oposto (todas as mulheres viram a mesma foto, assim como todos os homens).

Metade dos participantes do experimento foram informados que a pessoa na foto exposta já tinha dono. Enquanto que a outra metade soube que seu par estava solteiro. Em seguida, as pesquisadoras perguntaram o nível de interesse.

E de acordo com a pesquisa, homens e mulheres já com seus parceiros definidos, não demonstraram muita diferença se seu par no trabalho era solteiro ou compromissado. Entretanto, advinha,......conforme as cientistas as mulheres solteiras demonstraram uma preferência monstruosa pelos barbudos comprometidos.

Números – A pesquisa quantificou que quando o homem era descrito como solteiro, 59% das donzelas caçadoras tinham interesse. Mas quando o carinha era entitulado como varão de alguma outra por aí, a preferência de escolha era de 90%.

As pesquisadoras acreditam que as qualidades do camarada já foram testadas por outras fêmeas, e é por isso que ele está acompanhado. Ou seja, algo de bom o bicho tem. E as solteiras sentem-se tentadas em provar o que ele tem de bom...uuuuuiiiiiiiiiiiii.

Mas Melissa e Jéssica deixam claro que são apenas estudos preliminares, que envolvem uma série de condicionantes. As psicólogas dizem que outras pesquisas serão feitas para atestar tal fato! Enfim, elas não tem o que fazer mesmo....

Como uma pessoa me disse uma vez, vontade é uma coisa que dá e passa, ora. Solteiros, casados, comprometidos, enfim. O interesse rola solto por aí, e tentar explicar isso é tentar descobrir o sexo dos anjos. Mas, como o ser humano é um bicho complicado, veremos os próximos capítulos. O que virá desta vez?

domingo, 30 de agosto de 2009

Sol, mar e conforto


O tema do meu post aqui no blog era pra ser tocado a um tempo, já tava devendo, mas hoje tive essa iniciativa, que faz justiça a um paraíso aqui na terra. Periodicamente vou ao Litoral Norte alagoano, especificamente à Maragogi. De certo que o litoral de Alagoas é benzido por Deus, disso todo mundo sabe, mas a cor que esse mar tem é algo sem igual. E a cada vez que vou à cidade, não consigo não me assustar com as belezas que Deus desenhou aqui pertinho de nós.
Digo...quando estamos na parte alta de Maceió por exemplo, e vemos o azul, o verde, a cor do mar, nossa senhora, é algo inexplicável, e só vendo para crer. Quando estava em Brasília, ficava imaginando a cor que o mar estava naquele momento, ô saudade gostosa era aquela.

Mas o lance agora é Maragogi. Gente, quem nunca foi que vá, confira as galés de Maragogi, pare em Japaratinga para comer um peixinho suculento, seguindo de um cocada ao mel, na Pousada Vila de Taipa. Noooooosssaaa, o paraíso é aqui mesmo!!!!!

Em Maragogi, fico na Pousada Jangadeiros, é claro!!! Localização invejável, de frente pro mar, depois de dez passos, o visitante já sente as areias brancas entre seus dedos. Aconselho e recomendo. A pousada é muito aconchegante e se reflete na extensão de sua casa. Piscina, ótimo atendimento, brisa no rosto, coqueiro fazendo sombra.

Quando passar em Maragogi, pegue a orla marítima e siga até onde for o calçamento, lá você vai chegar na Pousada Jangadeiros!!!! Não vai se arrepender.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Por amor

Cada ser humano nasceu com uma missão na vida, nem que seja essa sina atormentar a vida alheia, mas é uma coisa a se fazer. O engenheiro, o médico, o professor, o jornalista, o maquinista, o motorista, todos eles e qualquer outro profissional tem em si sua habilidade o seu ponto forte. E apesar dos obstáculos, estresses e percalços, todos amam suas funções.

A paixão por nossa labuta é necessária, é vital! Precisamos para viver, precisamos ter essa tara para continuarmos exercendo nossa missão aqui na terra com excelência. Dia após dia essa vontade de fazer melhor é que nos motiva e nos faz crescer, não apenas como profissionais, mas como seres humanos.

"O trabalho enobrece o homem", já dizia Getúlio Vargas, mas pra mim além de enobrecê-lo, promove um bem tão incomensurável que trascende ao significado puro de emprego, ocupação, trabalho. Quando amamos de fato o que fazemos, quando somos realizados no que fazemos, nossa paixão é tão grande, que o fazemos por música. O dinheiro é consequência (Perigoso isso, não?).

Mas em uma conversa com minha amiga Telma Elita, nós lembramos tudo aquilo que nos frustra. Aquilo que nos tira a motivação. Cada um tem seu motivo, e a intensidade varia de acordo com a sua experiência. As decepções, as agruras de nossa caminhada rumo a estabilidade profissional, são inúmeros os motivos. Planos que não são concretizados, metas não alcançadas. Indicações mal feitas. E por aí vai...

A moral da história é que, por um motivo ou por outro, momentos bons ou ruins da nossa vida profissional devem ser propulsores para novos sonhos, outros voos. Para mim foi assim, certa vez uma pessoa muito importante na minha vida disse que eu abandonasse o jornalismo para fazer outra coisa. Por um tempo encarei com pesar essa dica, mas depois se tornou num trampolim para um novo cenário: ser o melhor no que faço!

Longe de mim ter a impáfia de sê-lo, mas eu tento, diarimente me planejo para isso, e treino pra isso. Amo ser jornalista, não serei, é óbvio, o melhor de minha categoria, mas sempre estarei aberto para aprender cada vez mais sobre meu meio e meu mundo. O caminho é longo, é feito de minutos, segundos, tempo e conhecimento. E vou seguindo

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Comissão do Senado aprova audiência para discutir diploma de Jornalismo

Da Redação do Comunique-se com informação da Agência Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou nesta quarta-feira (26/08), requerimento para a realização de audiência pública para debater Proposta de Emenda à Constituição que prevê dispositivo para tornar obrigatório o diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.

Ainda sem data marcada, a audiência foi pedida pelos relator do projeto na comissão, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), e pelo autor da proposta, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

A audiência deverá contar com a participação de representantes da Federação Nacional dos Jornalistas, Associação Brasileira de Imprensa, Associação brasileira das Emissoras de Rádio e TV, Associação Nacional de Jornais, Ordem dos Advogados do Brasil, além de membros da comunidade acadêmica.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Muito mais que contos de alcova


Quem vai assistir o filme Entre Lençóis para ver as tórridas cenas de sexo entre os atores Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira, vai se surpreender. Não apenas com o corpo escultural da protagonista, mas vai ver uma verdadeira apresentação de como acontece uma relação homem/mulher. Seu apogeu e declínio.

O flerte, a paquera, a conquista, a prova, a confirmação, a decepção, e o abandono. Tudo isso passado em uma noite, em um quarto de motel. O longa mostra tudo isso e algo mais, claro, porém de um modo até que legal. Confie.

A exigente e “culta” crítica pode até esculachar a atuação de Gianecchini e de Paola. Ambos podem não ser conhecidos como monstros na arte de atuar, mas a evolução deles é boa sim. Estudo, dedicação, empenho, e talento, óbvio, vão dar longa vida a eles nas telas. Não apenas por que eles são comerciais, jovens, bonitos, corpos perfeitos, não vejo apenas isso. Talento eles têm.

Entre Lençóis expõe questionamentos que todos nós, jovens ávidos por vida fazemos sempre na caçada de uma balada, e na labuta da paquera em busca da alma gêmea. Perguntas que seguem sem resposta são levantadas: Por que as mulheres vão ao banheiro em dupla? Por que os homens têm tara por sexo com duas mulheres? Segredos .....

O casal que se conheceu numa boate e correm para transar num motel trocam ali confidências que nem seus respectivos companheiros conhecem. Ele é casado há três anos, brigou com a esposa, e revoltado foi badalar. Ela noiva, casa-se no dia seguinte. Ambos encarnam dúvidas e incertezas sobre seus futuros.

Mesmo levando em conta a efemeridade do encontro, ambos se envolvem e esboçam jogar tudo pro alto jurando amor à primeira vista. Enfim, mas como a primeira e única briga do recém-casal tinha que rolar, as fragilidades, os defeitos, as incertezas ganham corpo. Tinha que ser. Nem tudo é fungado no pescoço e gozos esfusiantes.

É assim que funciona. Entre Lençóis não é apenas dois atores se chumbregando numa cama. Aos casais cabe reflexão, uma profunda análise do que se quer realmente da vida. Seus desejos, sonhos, pesadelos, projetos, desde o âmago até a mais explícita careta.

Portanto, aos casais mais firmes, duradouros, aos mais recentes duplas unidas, vale o recado. Se for uma noite apenas, curtam, façam como os personagens de Gianecchini e Paola fizeram, aproveitem até a última gota de paixão e desejo. Pois quando o sol raiar, e o primeiro filete de dia bater em seu rosto, fica apenas a lembrança. Nada mais. Quer dizer.....quem sabe. Assista e diga o que sente!!!!

Não podia perder essa


É o único jeito de mudar a realidade no Congresso Nacional.....
Não temos outro jeito....
Se liguem!!!
E como já dizia um poeta português. "Os políticos e as fraudas devem ser mudados frequentemente, pela mesma razão", disse sabiamente o letrista luso.
Espalhem essa ideia, peguem a logo e divulguem por aí.

55 anos sem Getúlio


Foi no dia 24 de agosto de 1954 que o país perdeu o maior político de sua história. Pelo mal ou pelo bem, o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas deixou sua marca na vida política nacional. O tiro no coração que vitimou o Dr. Getúlio, como muitos o chamavam, não matou apenas um chefe de Estado, mas uma ideologia política que até hoje tem raízes.

O pai dos pobres que governou o Brasil em momentos distintos fundou o PTB, e fez uma real transformação política no país. Foi chefe civil da Revolução de 1930, e conduzido ao poder no mesmo ano, saindo apenas em 1945.

Nesse meio tempo dirigiu de modo distinto os destinos da nação. De 30 à 34, governou provisoriamente; de 34 à 37, governou já com a Constituição Brasileira em baixo do braço, eleito pelo Congresso Nacional. Já entre 1937 e 1945, virou o ditador no Estado Novo. Ele foi duas faces em uma só, o ditador impiedoso com seus oponentes e o governante à Hugo Chavez, populista até a alma.

O interessante que mesmo após sua saída em 45, foi reconduzido ao poder por meio de voto direto em 1950, indo até o fatídico 24 de agosto de 1954, quando faleceu.

Em se tratando de maior estadista brasileiro, Getúlio bate de frente com Jucelino Kubstchek. É minha opinião. Ninguém mudou tanto o Brasil como esses dois camaradas. Não se fazem presidentes como antigamente....

Vargas criou a maioria das leis trabalhistas brasileiras, o salário mínimo, o direito de voto para as mulheres, a constituição de 1934, o Dia do Trabalhador, mas também criou a voz do Brasil, putzzzz!!!! Ele sabia como usar a comunicação. Ele foi que começou toda essa política midiática.

Como se não bastasse uma vida tão movimentada e polêmica, até a morte de Getúlio virou uma polêmica. Muitos acham que Vargas não se suicidou, mas muitos defendem que ele tivesse sido assassinado. Relatos contam que a sua ferida à bala no peito tinha sido lavada, por exemplo, toda a cena do crime foi modificada. É uma lenda é claro, mas nesse Brasil, nunca exclua nenhuma hipótese, nem a trate como infame.

A comoção tomou conta do país. O que dizer do cara que vislumbrou um Brasil muito melhor que o agrário e retrógrado de 1930? Ele transformou aquela terra de desempregados e subempregados em uma nação com indústrias e direitos iguais para todos.

As lágrimas do povo brasileiro lavaram as escadarias do Palácio do Catete numa terça-feira, assim como esta. As ruas lotadas de simpatizantes ou não, lamentavam a partida de um líder que o Brasil jamais viu. Admirado, odiado, respeitado, amado, Vargas despertava sentimentos nas pessoas, seja a paixão ou o ódio, mas mexia. Que o diga Carlos Lacerda...indiferença não era com Getúlio.

Há 50 anos, o Brasil dava adeus ao maior expoente de sua história política. Outro como ele não mais nascerá.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Protetores


Assistindo a comédia romântica A Proposta, onde os personsagens de Ryan Reynolds e Sandra Bullock vivem as turras mas descobrem que estão apaixonados um pelo outro. Uma história divertida e legal pra acompanhar. Mas o meu post se baseia em uma cena do filme que me fez lembrar de uma pessoa muito importante em minha vida.

Um dos personagens do longa é uma senhora que faz o papel de avó do Ryan Reynolds, uma figura, super alegre e assanhada. Mas foi uma fala dela que me fez voltar a um gostoso passado. Foi quando a doce senhora lembrou que nossos antepassados estão sempre olhando por nós, mesmo eles já do outro lado.

Claro, não consegui aqui descrever o sentimento que rolava na cena, mas as lágrimas rolaram e os fungados das demais fileiras também foram inevitáveis de ouvir. O comentário da veterana atriz emocionou a todos que têm lá em cima algum ente que continua olhando por nós. Assim como eu.

Minha avó materna, d. Luzinete Porfírio, faleceu em 1997, dois anos após a morte de meu avô, Pedro Bezerra, marido dela. Ela foi acometida por um câncer de estômago, mas não se entregou, lutou até o último dia. Entendo que existem centenas de casos semelhantes por aí a fora, mas de todo modo como foi com minha avó, eu posso contar com a minha propriedade do caso.

D. Luzinete sempre foi uma mulher firme, forte, criada em fazenda, ela sempre uma mulher exemplar. Criou e cuidou de seis filhos, junto de meu avô, outro homem de um valor humano estupendo. Todo domingo, meu avô passava bem cedo na casa de todos os filhos. Meu avô não tinha carro, mas ia do jeito que desse. Mas ele ia. Ou levar sururu, massunim, algum agrado para cada filho e neto.

Tenho um momento muito legal que guardo dele. Reveillon de 1995, festa na minha casa, meu avô estava na churrasqueira, ele gostava mesmo era de servir os outros, sempre animado, contando piada, uma animação só. Entretanto, quando os fogos de artifício ganharam o céu, fui para o quintal fazer minha oração, que todo ano faço. Quando cheguei lá, estava seu Pedro Bezerra, sozinho. Fui e perguntei por que ele estava lá sozinho, ele disse que não era nada. O abraçei e chorei em seus braços. Dois meses depois ele morre devido a um acidente vascular cerebral, quando estava indo pra minha casa.

Já a minha avó, pedra como ela era, mas comigo e os demais netos se derretia. Ela adorava ver jogos de futebol comigo, queria sempre conhecer minhas namoradas, conversava mesmo com ela. Dona Luzinete, sempre muito vaidosa, adorava se vestir bem, mas não era de dar muitos sorrisos. Mas o beijo dela ainda sinto no rosto.

As palavras que o filme me trouxe, encheu meu coração de saudades de meus avós. Certo dia, uma pessoa me disse que eu tinha protetores. E essa sensitiva me disse que eram meus avós. E tenho certeza dessa verdade, rezo sempre por eles, e sei que ambos estão muito melhor qu todos nós. Graças a Deus os tenho como exemplo de vida, ambos lutaram muito para criar seus filhos e netos.
Hoje não sou nada, mas se um dia chegar aos meus objetivos, eles têm 50% de porcentagem de culpa nisso....rsrsr. Continuem rogando por nós....amém.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

111 anos de glórias


Neste sábado, 22, o maior do mundo vai sediar o jogo Vasco da Gama e Ipatinga, pela Série B do Brasileirão. Para qualquer outro amante do futebol seria um jogo como outro qualquer, se não fosse por um motivo: o clube cruzmaltino comemora 111 anos de lendas e glórias.


Não é por que o Vasco da Gama, clube para que torço, está na segunda divisão do futebol nacional que deve-se esquecer seus feitos. Em seu site oficial (http://www.crvascodagama.com/), uma campanha institucional convoca todos os torcedores do time da colina para vestir a camisa nesse dia tão especial e acima de tudo, encher o coração de esperança por dias melhores. Até por que, os vascaínos são acostumados a lutas e batalhas em decorrer de sua história.


Foi no dia 21 de agosto que o Clube de Regatas Vasco da Gama se apresentou para o esporte bretão. O Vasco foi o primeiro clube brasileiro a listar jogadores negros, e em idos de 1889, os torneios não aceitavam negros nas equipe, mas mesmo assim o clube ousou, e quebrou o tabu infame da intolerância racial.


Em 1924, por exemplo, o então presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, Arnaldo Guinle, pressionou o presidente do CR Vasco da Gama, José Augusto Prestes, para excluir de seus quadros atletas de cor negra e com poucos recursos. O então presidente da Nau vascaína não aceitou tais termos e pediu exclusão da Associação.


Essa é apenas uma das histórias do Gigante da Colina, onde craques como Jair da Rosa Pinto, Barbosa, Bellini, Heleno de Freitas, Tostão, Juninho Pernambucano, Romário, Edmundo, Vavá, entre outros desfilaram por São Januário como deuses da bola vestindo o manto da Cruz de Malta.


Enfim, como bom vascaíno, apenas torço e rogo para que o clube possa reviver momentos tão gloriosos como o passado já proporcionou. E assim como os demais colegas cruzmaltinos amanhã vou vestir minha camisa do Vascão, pois num dizem que o que é bonito é para se mostrar, então imagine o que é lindo....

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O mestre mandou



Quando uma história dá certo, não há quem segure o sucesso que ela alcança. Do ponto de vista jornalístico, uma boa ideia se traduz em uma pauta que dá vida um texto inebriante e delicioso. Foi o que aconteceu com minha amiga e companheira de trabalho Telma Elita. Além do doce de pessoa que ela é, seus textos são deliciosos de ler. E a boa ideia em questão, foi a série dos mestres alagoanos, iniciada em maio deste ano pela Agência Alagoas.

A série de reportagens ganhou as páginas no suplemento de informação do Diário Oficial do Estado de Alagoas, apenas em junho. A produção que pode ser conferida no http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/ , ilustrou a riqueza cultural de 18 mestres da cultura alagoana, que faz parte do Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana.

No total são 21 mestres, porém 15 estão vivos, três faleceram recentemente, e mais três foram eleitos este ano. O talento que foi passado de pai para filho e enche os olhos dos amantes da cultura foi apresentado em texto e foto pela jornalista Telma Elita e pelo fotógrafo Neno Canuto. A novidade é que toda essa produção está sendo transformada em livro.


Nesta sexta-feira, 21, os mestres serão homenageados pelo Governo do Estado de Alagoas, em uma cerimônia no Palácio República dos Palmares. O que significa para eles ganhar esse reconhecimento? Além da ajuda de custo que corresponde a um salário mínimo, o apanhado cultural ganhou ainda as páginas dos jornais. Periódicos de Maceió compraram a ideia e igualmente fizeram uma série ilustrando a beleza cultural destes mestres.

E o sucesso não para por aí. A série também provocou a criação de um selo que vai homenagear esses colossos da cultura alagoana. Os Correios também se engajaram no projeto e também vão homenagear os mestres alagoanos. Figuras como Nelson da Rabeca, dona Maria Flor, Seu Dedeca; fortes personagens da cultura alagoana estarão espalhados pelas cartas que vão e vem pelo país.


O que nos resta é bater palma para a produção destes alagoanos tão talentosos. Mas parabéns também para Telminha e Neno. Maravilha de produção jornalística que certamente vai imortalizar a obra destes fortes.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um no outro


A guerra entre as duas maiores emissoras de televisão do país ganha a cada dia um novo capítulo. A Folha de São Paulo noticiou nesta segunda-feira, 17, que pastores e obreiros da Igreja Universal do Reino de Deus, em Santa Cecília, e em Santo Amaro, ambas em São Paulo, orientaram os fiéis à não assistirem mais a Rede Globo. Segundo eles, é o canal do Diabo.


Todo dia é uma nova história. A investigação do Ministério Público Estadual de São Paulo é legítima, mas a lavagem cerebral que a igreja do papa Edir Macedo - que até queria ser presidente da República - é violenta e cega.


Não vou aqui defender os interesses globais, até por que a própria Globo tem o rabo preso em muitos podres da história do país. O que não pode ser afetado é o poder de escolha que o telespectador tem. É algo sagrado, e muito além do que esta guerra pretende decidir.


Quem é anjo e quem é demônio nessa disputa, ninguém pode definir. Cada um que utilize suas armas, e quem tiver seus podres que se quebre.


Mas caros leitores, o dedo no controle remoto deve vadiar!!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Andando por aí


Em mais uma viagem por aí, fui parar no povoado de Saúde de Baixo, em Batalha (AL). Fui fazer a cobertura jornalística da visita do governador Teotonio Vilela, que estava levando água potável ao povoado. Bem, como em todas as viagens, adoro cair em campo, pois é lá onde sabemos das maiores adversidades e necessidades do povo.

O dia até que não estava tão quente, tava chovendo e nos intervalos o velho e causticante sol do Sertão dava o ar da graça. Após muita poeira e barro, chegamos ao povoado e de pronto fui procurar alguns personagens para minha matéria.

Foi quando encontrei um casal muito interessante. Seu Miguel Ernesto, um velho e cansado caçador que deixou de lado a espingarda para criar filhos e netos em sua humilde casa. Ao seu lado está sempre sua esposa, D. Inês, um amor de pessoa que cativa qualquer um com apenas um punhado de prosa.

O casal sertanejo adora uma boa conversa, e de papo pai, papo vem, ela confidencia que queria conversar com o governador e saber o que ele tinha a dizer sobre algumas contas de água absurdas que tinham chegado em sua casa.

Pela foto acima o leitor pode perceber que não há possibilidade alguma de uma residência desse porte gastar R$ 3 mil em conta de água, e ainda mais quando não há água. É isso mesmo, o casal não desfrutava dos benefícios da água encanada, mesmo morando ao lado do Rio Ipanema, que banha a cidade de Batalha.

A água encanada chegou apenas com a ação do governo do Estado, mas isso é outro papo. Queria mesmo era resolver essa injustiça da conta. Qualquer tribunal daria ganho de causa à família, é claro, mas como uma família tão humilde e simples poderia contratar um advogado, sei sei sei, tem a Defensoria Pública. Tudo bem...

Mas o interessante é que diversas pessoas em todo lugar do mundo dizem que vão conversar com seus dirigentes, mas nunca vão, ou por receio, vergonha, acanhamento, ou simplesmente os seguranças do cara não deixam. De todo modo, peguei seu depoimento, e não apostava coisa alguma que ele fosse lá.

Engano. Ela foi. De cara limpa e peito aberto. Ela foi. Chegou, conversou com o cara, e ouviu o que esperava. As contas esdrúxulas foram anistiadas pelo governador. Como se diz, quem não chora, não mama. Muito legal, e sorte minha que na minha matéria, tinha a colocado como meu personagem. Poderia ser qualquer outra pessoa do povoado a reclamar, mas justamente a dona de casa que eu tinha conversado, entrado em sua casa, a mulher que tinha me confidenciado a vida, falado da alegria do neto Carlos Michael, em tomar banho de água encanada, enfim. Foi justamente, ela.

Isso me tocou, sorte minha de tê-la como personagem de minha matéria? Não sei. Sei que foi muito legal ter o exemplo dela. Algo a incomodava, ela foi lá e reclamou e conseguiu. Não desistiu. É isso que o Sertão faz conosco. Tornamo-nos mais fortes. Não tememos. E é assim que é sertanejo, o nordestino.

Bem que o mestre Graça dizia. “O nordestino antes de tudo é um forte”, assim o disse.

domingo, 16 de agosto de 2009

Parabéns ASA


A Associação Sportiva Arapiraquense (ASA) conseguiu neste domingo o direito de disputar a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2010. O empate com o Rio Branco, do Acre, colocou a equipe alagoana entre os quatro times finalistas na competição, e que vão jogar a série B ano que vem.
Parabéns a toda torcida da Terra do Fumo e a toda equipe. Seu resultado serve de exemplo aos primos ricos CRB e CSA. Mostrou que com organização e empenho, um clube sem grandes apoios, mas com grande raça, pode chegar longe.


Parabéns

sábado, 15 de agosto de 2009

Muito bom


Arraso, foi muito bom. Uma dose perfeita entre diversão, boa música, swing e consciência social. Isso foi o que pude tirar do show de Seu Jorge na noite desta sexta-feira, 14. Muito bom e exemplar. Querida amiga Telminha, foi muito bom!!!!


Entre suas músicas cantadas em côro, o artista deu em verso e prosa seu testemunho de vida e aconselhou os jovens endinheirados para que utilizem seu conhecimento e dinheiro para criar algo de útil para suas vidas.....Que os playboys idiotas das grandes cidades, e de Maceió tenham ouvido o recado de Seu Jorge.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Seu Jorge


Hoje é dia de Seu Jorge em Maceió. O Centro de Convenções será pequeno para a maior estrela da nova geração da MPB. Na minha opinião ele compartilha com Maria Rita esse pedestal.

Em seu blog http://www.seujorge.com/blog, o artista conta como foram os shows de sua mais nova turnê América Brasil. E brevemente, o post de Maceió certamente vai relatar que foi um showzaço. Lá ele disponibiliza os vídeos de suas apresentações e fala como foi.

O autor dos hits Burguesinha, Burguesinha, Burguesinha, e Mina do Condomínio, nasceu no dia 8 de junho de 1970. Jorge Mário da Silva começou a trabalhar bem cedo. Aos dez anos começou a ralar numa borracharia, mas o intrépido garoto queria mesmo era cantar.

Sob a influência das rodas de samba que frequentava enquanto jovem, e os bailes funks que ia com o pai, um músico bem eclético foi lapidado. O violinista já conhecido como Seu Jorge, começou a tocar na noite carioca, sob o batismo do também músico Marcelo Yuka.

E foi um trágico momento da vida do artista que o colocou mais pra frente. Seu irmão Vitório foi morto em uma chacina, e Seu Jorge virou sem-teto por três anos. Foi então que ele foi convidado para fazer um teste para um musical teatral. Aprovado fez diversos shows no Teatro da Universidade do Rio de Janeiro.

Foi convidado pra formar o Farofa Carioca e lançou seu primeiro CD, em 1998. Depois não parou mais, e seguiu com outros projetos como o Tributo à Tim Maia, e a turnê com o Planet Hemp, em 2000.

Hoje é muito mais que aquela voz grave do CD da Ana Carolina. “É isso aíiiiiiiiiiii....”

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Odeio-te, perdôo-te


No dia 15 de agosto de 1909, jornais de todo o país estampavam em primeira página a trágica morte do aclamado jornalista e escritor Euclides da Cunha. Ele ficou conhecido na literatura tupininquim por causa de sua incursão no Sertão brasileiro, conhecendo de perto a realidade do sofrido povo nordestino. Deste estudo, o repórter do Jornal Estado de S. Paulo escreveu seu obra prima: Os Sertões.

Com essa obra, Euclides inaugurou uma fase muito importante da literatura brasileira que voltou seus olhares para o interior do Brasil, agora visto como agrário, regional, e não mais intimista e urbano como antes dele. Nesse rastro, vieram Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, e outros monstros romancistas.

O Brasil atual que não curte muito a leitura conheceu a história do lamentável fim de Euclides da Cunha através da minissérie Desejos (1990). A triste história de fato rendeu uma boa tira de folhetim, pois reuniu amor, aventura, traição, morte e tragédia.

O escritor era casado com Ana Solon da Cunha, jovem senhora, que se encantou com o cadete do Exército, de 16 anos, Dilermando. Ana e o mancebo, então apelidado pelo escritor de Sargentão, tiveram um caso de amor que resultou num filho, Luiz. Euclides e Ana tiveram outros quatro. Entretanto, ao descobrir o caso extraconjugal da mulher, Euclides, segundo conta relatos, teve uma crise nervosa na véspera de sua morte. Pois, a mulher tinha o abandonado e levado consigo o pequeno Luiz.

Tomado pela revolta, Euclides, que morava no bairro carioca de Botafogo, pegou um trem para Piedade. E seguiu em busca de seu pé-de-pano, após pegar emprestado um revólver 22 com seu irmão. Chegando na casa de seu algoz, Euclides - aí já segue uma série de dúvidas que os autos não explicam com exatidão - derruba a porta da residência de Dilermando, e dispara contra ele.

Dinorah, irmão de Dilermando, e jogador do Botafogo, tenta impedir o escritor e é alvejado. Dilermando também. Porém, como o cadete era campeão de tiro, Euclides recebeu quatro disparos, que o levaram a morte. Agonizante, segundo testemuhas da época contam, o escritor caiu no jardim da casa. Ana vendo a cena pediu para que o amante recolhesse Euclides para a cama.

No leito de morte, Dilermando pede perdão, e como um épico conto de amor e ódio, o escritor em um último suspiro pede água, e uma taça de vinho, mas ainda diz: "Odeio-te. Perdôo-te". Como se não bastasse, o filho mais velho do jornalista, Euclides da Cunha Filho, tentou vingar o pai sete anos depois. Foi morto pelo amante da mãe. Não satisfeito, Dilermando abandona Ana em 1921, por outra mulher mais jovem, claro. Pense no sofrimento.

O cadete Dilermando foi julgado por duas vezes, e absolvido em ambas alegando legítima defesa, o caso foi julgado pelo Supremo, tendo o mesmo fim. Ele foi atacado em casa, sua residência foi invadida. Enfim. Será que foi algum antepassado do Gilmar Mendes? Putzzzz.
Dilermando dentro da sociedade carioca era considerado um mala, conforme contavam na época, o cadete exigia a quantia de 500 mil réis mensais, e o desgraçado ainda jurava vingança, caso ela o deixasse. Vê se pode?

Durante toda a vida Dilermando, mesmo com a absolvição da justiça, sentiu o peso de ter matado um herói nacional como Euclides da Cunha. Inclusive uma uma exposição no centenário da Independência, em 1922, Dilermando viu sua antiga pistola em exposição ao lado de objetos históricos nacionais. Ele ficou irado, e solicitou retratação e devolução da arma.

Até hoje os detalhes do crime nunca foram devidamente esclarecidos. Somente agora, quase 100 anos depois do crime, os autos do processo foram divulgados no livro Crônica de uma tragédia inesquecível (Editoras Albatroz, Loqüi e Terceiro Nome, 232 págs. R$ 36), que revela também bastidores do julgamento. Vale a pena.

É muito contraditório. Euclides passou a vida contando histórias e mais histórias, e acabou vivendo a maior e mais trágicas delas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Somzinho bom demais


Somzinho legal no carro, samba de qualidade, dá vontade de dançar sentado no meio dessa loucura de trânsito de Maceió. É o leve e gostoso swing da Samba Dibanda que me embala numa tarde quente de agosto pelas ruas maceioense. A banda bahiana tem como especialidade não deixar você parado, e como eles mesmo prometem em seu blog www.sambadibanda.com.br/blog o alto astral é presença certa nos shows e canções.

A banda existe desde 2004, e faz uma viagem pelos diversos estilos de samba e suas estrelas. Além dos traços e canções de Maria Rita, Mart'nália, Roberta Sá, Jorge Benjor, Adoniran Barbosa e outros monstros do samba, a voz da vocalista Illy Gouveia dá a leveza exigida pelas rodas de samba. É um espetáculo confiram....
Nesta sexta-feira, 7, eles vão estar em Maceió, mas eles são figurinhas já conhecidas em Salvador. Quando der um pulinho na Terra de Dona Canô, pede pra ouvir Samba Dibanda! Não vão se arrepender.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Piada

Isso sim é piada, semana passada uma notícia passou desapercebido pelos noticiários alagoanos, mas acho que a imprensa mesmo não deu importância a tal falácia. É que o deputado-suplente alagoano Antonio Carlos Chamariz abriu a boca para dizer que se fosse presidente da Câmara Federal não permitiria que os repórteres do CQC entrassem na casa.

Tudo por que o deputado, que faz parte do baixo clero da casa legislativa, não soube responder a pergunta do repórter Danilo Gentili sobre o que são precatórios. Como a maioria dos políticos muito mal informados e sem noção alguma para que foram eleitos, Chamariz se enfureceu. Com o que não sei, pois ele só poderia se enrraivar com a própria ignorância e despreparo.

Assim como em Alagoas, no país inteiro alguns personagens entram na política para ter prestígio social e ter aquele din din extra. Aí quando esbarram em humorísticos como o CQC pegam ar, isso sim é piada. Antonio Carlos Chamariz ainda exigiu respeito à Câmara Federal, assim como ao Congresso Nacional. Mas como se diz no ditado popular, se eles não fazem por onde serem respeitados, como respeitá-los?

É mais uma piada....

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Te amo, pai!!!

Na década de 70, o roqueiro Cat Stevens fez muito sucesso com a canção Father and Son (Pai e Filho). A música embalava e tirava lágrimas das famílias americanas por fazer referência aos jovens americanos que deixavam sua terra natal para combater no Vietnã.

Quando ouvi uma versão dessa música num show de Renato Teixeira, tive a curiosidade de ouvir sua versão original. E assim como na voz do mestre da viola, me arrepiei quando a rouca voz de Stevens deu vida à música.

A música me tocou, pois passava uma mensagem de conforto ao filho, de tranquilidade. Como, "Mas vá com calma, pense muito (por quê?), pense que tudo o que você já conseguiu para você vai estar aqui amanhã, mas seus sonhos talvez não". Ela fala tão singelamente da relação entre pai e filho, que me toca. Me arrepia, nunca tive lá uma excelente relação com meu pai, mas apenas com a separação de meus pais senti uma maior aproximação dele com meus irmãos.

Carrancudo, frio, insensível, grosso, não? Hoje eu o entendo. O pai dele faleceu quando ele tinha sete anos, e meu pai cresceu sem o carinho devido, tornou-se um homem sem a capacidade de passar amor. Eu puxei muito dele, mas sei que hoje ele apenas não sabe passar o amor que tem dentro dele. Mas sei o que mexe com ele, e o respeito. Ele sente, ele chora, ele sabe, e eu também sei. Ele só não sabe transmitir. Ele trava, mas as lágrimas denunciam.

Um beijo, um "eu te amo", ele pode não saber dar, mas eu dou nele, é o maior presente que ele pode receber. E de seus filhos ele está recebendo essa lição. Ontem não dei presente material para o meu pai, mas dei o que ele mais precisa. Dei o amor que sinto por ele, dei um beijo nele, e disse que o amava.

Pra mim antigamente era difícil dizer isso, pois a praxe manda dar apenas o que recebemos, mas que coisa, é nosso pai, e não podia ser assim. Não apenas pra ele, mas pra minha mãe e pra todos, damos amor de graça, e não só para receber amor e carinho, mas para deixar esse mundo melhor, gente. Não é um post piégas, é com o coração apertado que escrevo essas palavras, pois ouço a música de Cat Stevens ao escrever essas letras.

Dê amor, ele se multiplica. Por experiência própria, dê amor....tente!

sábado, 8 de agosto de 2009

Recuperação


O que derruba uma pessoa? Só não me digam que uma boa topada...De fato é uma pergunta muito genérica. Vamos então, o que é capaz de tirar as energias do ser humano, a vontade de viver, o ânimo, o brilho no olhar? Essa pergunta tem diversas respostas, varia de como cada um observa a vida, é muito relativo todos sabemos.

Não, não, o blogueiro aqui tem muitos motivos para sorrir sim, e este post não tem caráter autobiográfico. É que sempre ouvi depoimentos de meus amigos que sofrem por seus motivos lamentosos, e suas histórias de decepções, os ouvi por toda minha vida. Sinto-me orgulhoso quando um amigo chega pra mim e conta sua agonia. É o sinal da confiança que todos queremos. É o elo de uma amizade sincera e sadia. Adoro e prezo por isso diariamente. Alimentando e sustentando essas amizades que tanto quero bem.

Recentemente uma grande amiga minha passou por uma grande decepção. Um episódio que a afundou numa fase nebulosa. Por mais que os que a cercam falem palavras de coragem e de ânimo, ela até tenta, mas não reaje. São nestes instantes que cegamos para nossas qualidades. Ela é uma mulher espetacular, super inteligente, competentíssima, e olhe que sou muito exigente sobre isso. Muito bonita, por sinal, ela até isso deixou de lado. Não que ela esteja relaxada, não, simplesmente ela esquece desse detalhe.

E o que pode derrubar um titã? Uma desilusão, decepções, tropeços da vida, sim, eles são temidos por todos, porém esquecemos de nosso poder de regeneração. Cada um de nós tem um Wolverine dentro de nós. Só não sabemos como utilizar seus nobres poderes de juntar os caquinhos.

Periodicamente caímos nessas armadilhas que a vida arma pra nós, o fraquejar é natural, não somos fortaleza sempre. Mas ficamos cada vez mais fortes e resistentes quando passamos pela ressaca sentimental que nos assolava antes. Criamos uma couraça. Quase intrasponível, até esbarrarmos em uma nova fossa e nos contaminarmos novamente pelo vírus da autotortura e lamentação.

O tempo é lento, se torna mais lento, mas ele passa. Das histórias que presenciei, e as que fui protagonista, todas é óbvio passaram, e cá estamos: muito bem. E ainda por cima, rimos e identificamos nossos equívocos. É assim que crescemos. Que somos testados e preparados pra vida.

Portanto, tornar pública a história dessa minha amiga, não o farei. Ela tem meu carinho e apoio. Torço por sua recuperação e para a descoberta de uma nova personagem, uma nova mulher para dar mais um testemunho que além de cair e levantar, o ser humano é mutante, é produto do meio e pode voltar a ser o que era antes. Voltar a ser o melhor, ser bom e fazer os outros melhores, até por que quando estamos bem, nosso ambiente também fica ainda melhor.

Curtir, cair, sentir, lamentar, e se recuperar, são necessários, e é cíclico. Logo logo, essas palavras vão representar vocábulos jogados ao vento que só recordam um passado muito distante, e que lá lacrou esses sentimentos que te deixam mal.

Força, estou aqui.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dúvida


Recentemente assisti o DVD do filme Dúvida, que concorreu ao Oscar de 2008. A película é baseada na obra homônima que ganhou o prêmio Pulitzer - que homenageia o jornalismo e as obras literárias americanas. O filme apresenta um drama de um padre que sofre com a suspeita de pedofilia.

A excelente atuação do já aclamado Philip Seymor Hoffman é show. Ele interpreta um padre protetor das crianças, em especial o primeiro jovem negro de uma escola católica de classe média alta, no Bronx, em Nova Iorque. Como parceira de cena, Hoffman tem a magnífica Meryl Streep, que com uma elegância e talento sem igual dá vida a uma diretora de escola carrancuda e retrógrada.

Em meados de 1964, ambos os personagens brigam ideologicamente vislumbrando uma Igreja Católica com um futuro diferente. O padre é idealista e deseja uma igreja mais amável, compreensiva e aprazível para os fiéis. Já a séria diretora escolar é obstinada pelos rígidos dogmas clericais. Nesse embate está a inocente professora interpretada por Amy Adams.

Os dois monstros na arte de interpretar fazem um duelo psicológico sobre o que a Igreja prega, seus desmandos e suas ideologias. E nessas defesas arraigadas, ambos confessam que existem dúvidas em seus posicionamentos. A flexibilidade e a misericórdia do personagem de Hoffman contrasta com a frieza e insensibilidade de Streep.

Bem...o desenrolar da história é melhor conferir assistindo. Recomendo. Já eu que nunca fui lá um assíduo frequentador de sacristia prefiro o posicionamento defendido pelo padre. Sou católico, fiz primeira eucaristia, crisma, passei quatro anos dentro da catequese, e tenho noções de como funciona uma instituição religiosa.

Igualmente defendo uma Igreja mais maleável e atual, que observe a evolução humana como algo aceitável. Assimilando suas nuances e peculiaridades. Atualmente, a igreja de Bento VXI não é lá essas coisas de progressista como foi o legado de João Paulo II, mas o sinal de que algo errado é o crescimento de ceitas e outras religiões.

De certo que a Igreja Católica tem seu passado negro, mas a atualidade nebulosa desses outros segmentos não me é simpática. Para mim existe apenas um único Deus e pronto. Agora as demais discussões...huuuummmmm é pano pra manga pra conversa.

Cada um no seu quadrado...mas assistam o filme.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O ideal


Ontem li um artigo do jornalista Vladimir Maluf no IG Estilo sobre a mulher ideal. A vou concordar com ele em número, gênero e grau. A perfeição não existe. Ela é utópica. E vou além, nem homem, nem mulher vão achar príncipes ou princesas em seus relacionamentos.

É como comprar um CD, pra ter acesso as melhores músicas temos que aturar as ruins. Mas calma, nada como abrir concessões e como já ouvi em outras vezes, muita paciência também não faz mal a ninguém. E assim como no artigo do nobre colega, admitimos que a felicidade é sim alcançada com esses percalços naturais dos relacionamentos.

Não existe o perfil ideal. A mulher perfeita, linda, inteligente, paciente, compreensiva, companheira, digna, seja qual adjetivo queira alencar aqui, não existe uma totalidade. Sempre há imperfeições, e isso é que dá um tempero. As diferenças entre os companheiros servem como engrenagens que se unem, se encaixam.

Aquela história de pé certo para cada botina, eu creio. Pô, são mais de 6 bilhões de pessoas no mundo, e o camarada não achar uma parceira, sinceramente. Testemunho casos de pessoas que são extremamente diferentes, e certamente não se enlaçariam nessa vida doida que levamos, mas o destino quis que elas se pegassem. Enfim, fazer o que? Hoje são muito felizes.

E outra, por mais que fujamos do relacionamento ou ainda, por mais que procuremos o relacionamento perfeito, o cosmos, Deus, destino, cabala, seja o que for, eles se encarregam de unir pessoas diferentes, iguais, perfeitas ou não, altas, baixas, gordas ou magras. Acredito que tanto as diferenças, quanto as igualdades atraem. A lei do amor é assim, é cega mesmo.

Então, você aí que vive lamentando não achar a tampa de sua panela, aguarde. O mundo conspira a seu favor. Relaxe

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Google lança canal no Youtube para ensinar Jornalismo

Da Redação Comunique-se

O Google acaba de acaba de anunciar em seu blog o lançamento do Reporters’ Center, canal no YouTube que ensina técnicas para a produção de notícias. O objetivo da empresa é ajudar pessoas comuns a produzir conteúdo com qualidade jornalística.

O canal reúne vídeos de jornalistas experientes, de veículos como Washington Post, Associated Press, Bloomberg, The New York Times, entre outros. Os profissionais ensinam sobre ética, como fazer uma entrevista, produzir um vídeo e checar informações. Os jornalistas também contam experiências de coberturas internacionais, em países que enfrentam crises políticas e humanitárias, como a África e Iraque.

Bob Woodward, do The Washington Post, conhecido por revelar o caso Watergate ao lado do repórter Carl Bernstein, reportagem que derrubou o presidente norte-americano Richard Nixon em 1974, ensina técnicas de jornalismo investigativo.

O canal já conta com mais de 30 vídeos, todos em inglês. Além de técnicas básicas do jornalismo, os vídeos ensinam como produzir vídeos pelo celular e aumentar a audiência de conteúdos postados no YouTube.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Começou....cruz cão!!!


Efetivamente o mês de agosto começou nesta segunda-feira, 3, e com ele vem uma avalanche de supertições e histórias. Por exemplo, as mulheres portuguesas não casavam de modo algum em agosto. Tudo por que, era o período em que seus donzelos se aventuravam no mar em busca de novas terras. E para aquelas que se arriscavam casar, ficavam sozinhas, sem lua-de-mel, ou até mesmo já viravam viúvas precoces. E por tabela, os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil. Olho aberto marujo, agosto chegou....

Por outro lado, nos vizinhos portenhos, não é aconselhável lavar a cabeça durante todo o mês de agosto. As argentinas que lavam a cabeça em agosto estão chamando a morte. Uuuuuiiiiiiiiiiii. Já na terra do chucruti, as alemãs não tão nem aí pra fábulas, o mês para se casar mesmo lá é em agosto. Se aqui o mês é maio, lá é agosto.

Os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, em uma homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida, destacando-se, dentre os principais, a conquista do Egito e sua elevação à dignidade de cônsul. Porque, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar.

A verdade é que a crença popular de que agosto é o mês de desgosto não é somente um ditado popular que rima; é, também, uma superstição internacional de grande aceitação entre nós, principalmente na Zona Rural do país, destacando-se, de modo muito particular, em todo o Nordeste, onde o processo de colonização foi homogeneamente português.

Tem gente que evita fechar negócios em agosto. Não se casam, nem pensam em se mudar, viagens então, nadica de nada. O que acontece é que mesmo incrédulo ou não, é bom não brincar com o misticismo do mês do desgoto. Seguem apenas alguns exemplos de fatídicos episódios ocorridos em agosto:

No dia 1º de agosto de 1914 começou a 1ª Grande Guerra Mundial. Suicidou-se no dia 24 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, o então presidente da República, Getúlio Vargas, renunciando, assim, não somente à presidência da República como também à vida. Forças estranhas fizeram com que o presidente Jânio Quadros renunciasse à presidência da República no dia 25 de agosto de 1961. Arrepio....

Em outro 24 de agosto, só que em 1572, Catarina de Medici ordenou o massacre de São Bartolomeu, que ceifou milhares de vidas. Com a morte de Hinderiburgo ocorrida no dia 2 de agosto de 1932, Hitler assume o governo da Alemanha. Não satisfeitos com milhões de vítimas causadas pela I Grande Guerra Mundial iniciada no dia 1º de agosto de 1914, os homens iniciam a II Grande Guerra Mundial em agosto de 1939.

Mais de duzentas mil pessoas morreram nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, quando as cidades de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica. No dia 13 de agosto de 1961 foi iniciada a construção de um muro, em Berlim, depois mais conhecido como o Muro da Vergonha. Em agosto de 1963, dez pessoas morreram em consequência de um choque entre aviões da Força Aérea Brasileira, em Viçosa, Alagoas.

Gente em minha pesquisa, achei diversos fatos que põem agosto o mês mais trágico da história da humanidade, portanto, cuidado, olho aberto, mas cuidado pra não cair um cisco, você pode cegar....rsrsrsrr, brincadeirinha. Enfim. Acreditanto ou não, canja de galinha e precaução não faz mal a ninguém.

sábado, 1 de agosto de 2009

Cômico acidente no Beach Park, em Fortaleza

Todo mundo tem uma passagem impagável pra contar. Eu reconheço que tenho lá algumas bem hilárias, e uma delas aconteceu em 1996, no Beach Park, em Fortaleza. Todo aquele paraíso em água, brinquedos aquáticos enormes, a praia de Cumbuco, paradisíaca disputando o olhar com as dunas quase intocadas. Tudo muito bonito. E as gargalhadas ao fundo...você vai saber por que.

O local era de azaração, um monte de pirralhos de colégio, hormônios pipocando no corpo, mas a vontade mesmo era ir em cada brinquedo e depois ter histórias para contar das sensações que sentimos.

Na praia, tinha um passeio de quadriciclo que servia para conhecer a cidade cenográfica da novela global Tropicaliente. E eu acompanhado de um grupo de amigos, nos dispomos a dirigir os possantes e visitar os bastidores da novela.

Só vendo pra crer. Júlio, Rafael e Manassés pegaram os quadriciclos primeiro, e seguiram...Para sair da área do parque existia uma cerca que se alargava cada mais para ganhar a praia. Entretanto, o piloto aqui demorou pra manejar o quadriciclo. O instrutor deu umas dicas e lá vou eu. Nos primeiros metros vi que o lance era fácil, o guidão era leve, mas de tão leve, eu não vi para onde o veículo estava indo, quando eu vi, já tava com a cerca a poucos metros, deu tempo apenas de dar aquele grito de "fudeu", e pronto. Bati e saltei do bicho, conferi como o céu de Fortaleza era tão azul quanto o maceioense. Girei no ar, e cai estatelado na areia.

Resultado quebrei a cerca, o instrutor, amigos e todo mundo que tava na praia veio me socorrer. Não aconteceu nada comigo, fiquei bem, só meio zonzo pela girada no ar. Em seguida, ouvi o instrutor dizendo: "Putz, nunca vi ninguém bater assim nesse trecho. Pqp, entrou pra história do parque. Foi a primeira vez que isso aconteceu". Mas não me fiz de rogado, quando o carinha tava recolhendo o carro, eu disse 'pera lá'.

Tomei posse do bicho e segui dirigindo, agora com ainda mais cuidado. Após o susto, até arrisquei uma corrida com os colegas, que claro, tiraram o maior sarro de mim o resto do ano. Moral da história: mesmo caindo, passe o trauma e siga em frente, apenas os amigos vão te lembrar que você caiu, vão tirar onda, mas não dói mais...segue teu caminho e vai! Outras quedas virão e você vai rir junto com eles depois. Ah, se vai.